terça-feira, 25 de setembro de 2012

Direto Ao Que Interessa

Bert Teunissen
 
 
"Após a decisão do TC, o governo ficou obrigado a redistribuir de forma mais equitativa os 2000 milhões de euros de cortes nos subsídios de férias e natal dos
pensionistas e funcionários públicos. Trapaceiro como é, Passos Coelho lançou uma enorme cortina de fumo tentando passar a ideia de que o pacto TSU seria uma forma de responder ao TC. Como devia ser evidente, isto era mentira: a subida da TSU
para os privados nunca teve nada a ver com a decisão do TC nem com o défice, sendo apenas uma forma de financiar a redução das contribuições sociais das empresas e, assim, depois da meia hora adicional de trabalho e da redução dos feriados, reforçar a sua aposta no embaretecimento do trabalho como factor de competitividade da economia portuguesa. Agora que foi obrigado a recuar nesta medida, que era uma selvajaria social e uma irracionalidade económica, o governo tem tentado passar a ideia de que é necessário encontrar uma alternativa à TSU. Nada mais falso. Recuar na TSU é apenas isso: recuar. A alternativa que o governo tem de apresentar não é, portanto, uma alternativa à TSU, mas sim aos cortes dos subsídios de férias e natal de pensionistas e funcionários públicos. Ou seja, a alternativa é aquela que o governo já tinha em mãos e que, por opção própria, preferiu ignorar; isto é: o governo tem de arranjar uma alternativa equitativa e não inconstitucional aos 2000 milhões de euros. É só isto."

João Galamba no FB


 

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