O CDS não irá votar contra o OE 2013. Portas
engole mais uma travessa de sapos, invoca o patriotismo e o interesse nacional,
faz mais umas piruetas e segue em frente, pensando que está a salvar o CDS do
naufrágio.
Bastaria a PP olhar com atenção para os
resultados eleitorais nos Açores, para perceber que o CDS pode estar em vias de
extinção. Os portugueses já perceberam que os centristas, embora demonstrem mais
sensibilidade social do que o PSD, são apenas um apêndice deste governo para lhe
prolongar a agonia. Qual a razão para votar num partido que não serve para
nada?
Portas poderá ser tentado a abandonar a
coligação, garantindo apoio parlamentar a Passos Coelho e Vítor Gaspar ( não
digo PSD, porque neste momento o grupo parlamentar laranja é apenas um clube de
fãs do pote, incapaz de agir com consciência própria, obnubilados que estão os
seus membros pela bandeira laranja) mas isso apenas contribuirá para prolongar o
sofrimento dos portugueses e em nada mudará o seu sentido de voto, nem o castigo
ao comportamento do CDS.
Paulo Portas está, neste momento, na mais
terrível encruzilhada da sua carreira política. Constantemente humilhado por
Gaspar e Coelho, reage com submissão ao enxovalho. A sua carreira política está
a aproximar-se do fim. Cinicamente, foi o seu parceiro de coligação a passar-lhe
a certidão de óbito. Ficará na História como um parênteses inútil. O seu bisavô
Sacadura, pedigree da família pelos seus feitos, não se orgulhará dele,
certamente. Um herói nacional nunca rejubilará por ter um descendente cobarde,
que apenas lutou para salvar a sua pele.
Carlos Barbosa de Oliveira no blogue Crónicas do Rochedo
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