“…Em Portugal, os governantes sempre gostaram de subsidiar as empresas. E estas de ser subsidiadas, são raros os “senadores” que não tiveram sinecuras em alguma das grandes empresas do regime, ou em algumas instituições públicas ou semipúblicas
onde os salários não estão limitados pelo desagradável tecto imposto aos ministros.
É por estas e muitas outras que tenho cada vez menos tolerância para os conselhos de sapiência de “senadores” que no passado criaram rendas e hoje dizem que temos de acabar com elas; que querem cortar nas despesas públicas mas não só nunca o fizeram como, nalguns casos, beneficiam de pensões superiores 10 mil euros mensais; que foram incapazes de fazer reformas decentes, do arrendamento à lei do trabalho, e agora continuam a criticar as reformas; que inventaram e encheram o país de PPP mas agora estão muito preocupados com a corrupção; que pedem cortes na despesa mas só sabem referir as viagens e as ajudas de custo.
…Muita dessa gente tem hoje cabelos brancos e continua a achar que devia estar no Governo, como se fosse um qualquer direito divino que lhe assistisse. Até o vai dizer a programas de televisão…”
José Manuel Fernandes no Público
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