quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Já Visto


Hoje em dia o Fundo Monetário Internacional é o governo supranacional mais poderoso do mundo. Os recursos que controla e o seu poder de influência nos assuntos internos das nações que recebem os empréstimos confere-lhe ma autoridade com a qual os defensores das Nações Unidas podem apenas sonhar…

…Desde a sua fundação no final da Segunda Guerra Mundial, o FMI tem sido o instrumento escolhido par impor a disciplina financeira imperialista aos países pobres, sob a fachada do multilateralismo e da competência técnica. Na época actual, o nível das relações de um país com o FMI constitui o indicador mais preciso do destino das suas aspirações a um desenvolvimento autónomo…

…Os economistas especializados em teoria monetária, inclusivamente o pessoal e os funcionários do Fundo, criaram uma mística em torno deste assunto que intimida até mesmo os outros economistas. Apresentam-se com técnicos altamente treinados que determinam a taxa de câmbio “exacta” e a quantia “conveniente” de criação do dinheiro baeando-se em fórmulas complexas. Negam o significado politico do seu trabalho – ou talvez tenham sido condicionados para acreditarem que não há alternativas reais às fórmulas que manipulam…

O FMI não é o verdadeiro vilão da história, embora seja o agente dos vilões. São eles as empresas multinacionais e os governos capitalistas, inimigos naturais da independência do Terceiro Mundo, capazes de mobilizar os recursos para aniquilá-lo. Mas esta é tambéma história dos erros, fraquezas e corruptibilidade humanos que proporcionam aos inimigos da independência uma “quinta coluna” no interior do corpo politico das suas vítimas,,,

Cheryl Payer  na Introdução ao livro “A Armadilha da Dívida Externa”, 1974 (edição portuguesa da Moraes em 1978)

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