domingo, 30 de setembro de 2012

Borges & Irmãos




Esta malfadada questão de Borges tem fortes raízes numa tradição da economia em Portugal que remonta a Alfredo de Sousa, o fundador da Economia da universidade nova. A saber: arrogância, academicismo e uma metodologia quantitativista ortodoxa. Uma grande falta de dimensão social (ao contrário da maior parte dos prémios nobel da economia das últimas décadas). Muita coisa haveria aqui a discutir...

Carlos Oliveira Santos no FB

Assesores de Comunicação


Mistificações Grosseiras


A fazer o jogo de Relvas & Amigos

Uma Dupla Palhaçada



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Fábulas da Semana



1. A volta de 180 graus do Governo corre o mundo - até os caniches de Passos Coelho deixaram de lhe obedecer. São os caniches que o mandam fazer de morto.

2. " A receita do IVA a cair 2,2%, contra a previsão de aumento de 11% no orçamento rectificativo". O rectificativo está num dossier da Hello Kitty. O IVA da restauração está em coma.

3. Vídeo com imagem manipulada de Lisboa custou 190 mil euros ao Turismo de Portugal - o dinheiro não traz a beleza da simplicidade, mas ajuda.

4. CDS-PP recusa fazer ruído sobre cenário de aumento de impostos - sniiiiiiiif, fuuunga, sniiiiiif. Já só falta uma taxa sobre os militantes centristas que receberam a carta de Portas contra a subida de impostos.

5. A previsão de endividamento em 2012 passou de 114,4% para 119,1% do PIB - o governo acredita que vai atingir o défice enquanto não for matematicamente possível. É urgente a remodelação do governo. Primeira mexida: Crato passa de ministro Educação para explicador de matemática do Gaspar.

João Quadros no Negócios Online

Parcerias


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Capitalismo Liberal


A Vitória das Formigas


  O Governo de Portugal está a ser vítima de uma enorme injustiça.
Jornalistas, comentadores, cidadãos em geral, acusam-no de um défice de comunicação, quando a realidade demonstra o contrário. Este é o Executivo que tem levado a criatividade das formas comunicacionais ao limite máximo, sem paralelo com nenhum anterior. O ministro das Finanças utilizou os quadros de Excel para desenhar os indicadores macroeconómicos de 2012. Face ao resvalar do défice e à escalada do desemprego não hesitou em deslumbrar o Conselho de Estado com um poderoso slide show em Power Point, que deve ter dissipado todas as dúvidas e lançado luz nos espíritos mais céticos. Mas o primeiro-ministro foi ainda mais longe. Depois de prometer um ataque frontalao rendimento do trabalho, em 7 de setembro, Passos regenerou-se, ontem, após um encontro com os parceiros sociais, fazendo um inédito anúncio sobre as medidas que-não-vai tomar.

 Mas, para que ninguém fique excluído deste abraço comunicacional, o ministro da Administração Interna brindou a infância e as camadas mais sensíveis ao pensamento mágico com um dos tesouros de La Fontaine, celebrando a vitória final das formigas depois do inverno da austeridade (numa alusão críptica e subtil à novela A Metamorfose, de Kafka, em que o personagem Gregor se transforma num inseto). Não. O problema não reside no défice de comunicação, mas sim na teimosia da realidade. Na sua bruta indiferença, ela permanece insensível à incansável estratégia do diretório e dos seus representantes em Portugal. A realidade ainda não se convenceu de que uma política que destrói o tecido económico e devasta as relações sociais é a única via para retomar a prosperidade económica e recuperar a soberania perdida. Tanto pior para a realidade.
 
Viriato Soromenho Marques

Direto Ao Que Interessa

Bert Teunissen
 
 
"Após a decisão do TC, o governo ficou obrigado a redistribuir de forma mais equitativa os 2000 milhões de euros de cortes nos subsídios de férias e natal dos
pensionistas e funcionários públicos. Trapaceiro como é, Passos Coelho lançou uma enorme cortina de fumo tentando passar a ideia de que o pacto TSU seria uma forma de responder ao TC. Como devia ser evidente, isto era mentira: a subida da TSU
para os privados nunca teve nada a ver com a decisão do TC nem com o défice, sendo apenas uma forma de financiar a redução das contribuições sociais das empresas e, assim, depois da meia hora adicional de trabalho e da redução dos feriados, reforçar a sua aposta no embaretecimento do trabalho como factor de competitividade da economia portuguesa. Agora que foi obrigado a recuar nesta medida, que era uma selvajaria social e uma irracionalidade económica, o governo tem tentado passar a ideia de que é necessário encontrar uma alternativa à TSU. Nada mais falso. Recuar na TSU é apenas isso: recuar. A alternativa que o governo tem de apresentar não é, portanto, uma alternativa à TSU, mas sim aos cortes dos subsídios de férias e natal de pensionistas e funcionários públicos. Ou seja, a alternativa é aquela que o governo já tinha em mãos e que, por opção própria, preferiu ignorar; isto é: o governo tem de arranjar uma alternativa equitativa e não inconstitucional aos 2000 milhões de euros. É só isto."

João Galamba no FB


 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

domingo, 23 de setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Divulgador e Orientador


"...O grande erro de Rui Ramos, numa história de divulgação,é,pois, pensar que esta é uma narrativa do que não se conhece bem, mas de que se podem tirar ilações que interessam ao leitor e o podem orientar..."

Luís Reis Torgal, no Público

Portugal Nem Conta


Linkados


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Selvajaria Social



O deputado do PS, João Galamba, fez hoje um violento ataque a Vítor Gaspar, que acusou de "selvajaria social": "O senhor ministro é um irresponsável e vai destruir este país", disse João Galamba, durante uma reunião da comissão permanente da Assembleia da República, com a presença do ministro das Finanças. "E tem o dever de recuar nesta experiência social que é uma catástrofe para o país".

Chamando "governante perigoso" ao ministro das Finanças, João Galamba encheu o seu discurso de críticas à atuação de Vítor Gaspar, dizendo que são preocupantes "a cegueira e o fanatismo da receita" aplicada à economia nacional.

Do blogue Câmara Corporativa

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Sonho de Pedro Passos Coelho

 
 
“Se os deficientes não tiverem uma família que possa suportar o custo da sua assistência não se pode atirar o fardo para cima da sociedade”
“Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar, e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto. O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.

Estas tretas da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventados quando a sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.

Que há um terço que tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.

O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar - mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazer algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto) votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.

O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.

Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portar-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à élite.”
 
José Vitor Malheiros no Público

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012