quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O Homem Cacto


...Por este andar, receio que a teoria do homem-cato se comece a colar a Belém, posto que ela já é uma realidade com a actual presidente do PSD que Cavaco não se cansou de apoiar - até perceber que Ferreira Leite é uma política-kamikase.

Macro no Macroscópio

Bom Ano Novo?


Agradecer e Retribuir


Para o Pedro, Irmão-Lucia e para todos os outros. BOM ANO!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Não Dar Cavaco


Só a constitucionalidade ou incontitucionalidade ditadas pelo Tribunal Constitucional resolverão o diferendo.
Constituição que, se for caso disso, os senhores deputados deverão alterar, na altura própria, se tiverem vergonha na cara.
O resto são arrufos de primadona.
De qualquer modo Sócrates e o PS, sabem bem demais que Cavaco não é homem para cooperações, sejam estratégicas, tácticas ou simplesmentes cooperação institucional, ponto final.
Por isso fizeram muito bem em voltar a votar a lei.
E não o fizeram sòzinhos.
Assim como assim, à medida que as eleições se aproximam, havia que encontar algum motivo de desgaste.
E se não foi Sócrates e este PS, foi o "pai" Soares e outro PS qualquer!

Especulações Sobre Uma Nomeação


Li aqui há dias, numa daquelas irritantes notas de rodapé, que passam durante os telejornais, ter sido Diogo Infante nomeado director artístico do Teatro D. Maria II.
Independentemente da personalidade em causa, gostaria que o Nacional tivesse à sua frente alguém com um perfil um pouco mais sénior, com larga experiência, designadamente em encenação.
Dispensar-se-iam de bom grado a “rodagem” em apresentação televisiva e locução de publicidade radiofónica.
Tenho a certeza que Lagarto e Fragateiro, por motivos diferentes, não cumpriram cabalmente as funções que lhe foram confiadas, logo, foram bem substituídos.
Consta-me que tanto Luis Miguel Cintra como João Mota terão, em diversas alturas, rejeitado o lugar.
Não sei se Jorge Silva Melo foi convidado mas parece-me ser homem para declinar.
Já quanto a Ricardo Pais parece-me que aceitaria se tal lhe fosse oferecido.
Eis quatro nomes que reuniam todas as condições para engrandecer aquela casa.
Mas eis que se me põe a questão do “porquê” um director artístico.
Não tem o Teatro Nacional uma administração, ou lá o que quisermos chamar, com três elementos?
Para além daquele que trata dos assuntos administrativos e financeiros o que fazem os outros?
São figuras de corpo presente?
Não será isto delapidar os dinheiros públicos?
Nestas coisas, não há delitos maiores ou menores.
È que grão a grão…

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O Tempo, Os Tempos


"O tempo do ideólogo é a utopia; o tempo do político é o seu mandato; o tempo do burocrata é a sua aposentadoria".
Jorge Cunha Lima

(Citado por Roberto Duailibi e Marina Pechlivanis em "Duailibi Essencial")
(Citado por Pedro Rolo Duarte)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Dúvidas ou Enganos? Desejos ou Realidades?


Escaramuças e Batalhas
Quem leia os jornais, nos últimos dias, fica com a sensação que estamos perante uma situação de retaliação iminente. Ficamos igualmente com a impressão que para o efeito qualquer tema serve. Tanto pode ser o veto presencial dos emigrantes, como o Orçamento do Estado, ou qualquer outro assunto.
Não teria nada contra esta leitura emotiva e passional se ela, de facto, correspondesse à realidade. Acontece que Cavaco Silva, tal como José Sócrates, é um político pragmático, que raras vezes deixa que a emoção lhe tolde o raciocínio.
A boa vontade que presidia à cooperação estratégica evaporou-se com o processo à volta do Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Totalmente de acordo. No entanto, o Presidente da República sabe que o momento político ainda não permite outros voos e que neste momento pouco tem a ganhar em aumentar a parada.
Cavaco Silva e José Sócrates preferem seguramente regressar aos terrenos que conhecem e que são mais favoráveis ao controlo de danos e de riscos. Haverá novas escaramuças, mas escaramuças não são batalhas.

Paulo Gorjão no Gorjão.eu

Quadra Natalícia


sábado, 27 de dezembro de 2008

Isto é o Governo Britânico


Segundo a TSF-online "O Governo britânico está a estudar a regulação dos conteúdos publicados na Internet. A tarefa ficaria a cargo do organismo que classifica os filmes por grupos etários, de acordo com os conteúdos violentos ou sexuais".

Se isto acontecesse em Portugal o que não diriam as sumidades do PSD e Manuel Alegre.
Só desses quadrantes poderão vir criticas coerentes e conselhos construtivos.
Ou, se quisermos, conselhos coerentes e criticas construtivas.
Para o caso, tanto faz.




O Público Ao Assalto!


È sob o título "A pistola de plástico, o moralismo e as culpas do costume" que Nuno Pacheco faz o editorial de hoje, no Público.

Diz ele que "o coro de indignações que se seguiu à divulgação do vídeo da escola do Cerco é essencialmente hipócrita. E pode,na ânsia de punições, arruinar um trabalho meritório e paciente".

Quer-nos fazer esquecer que, pelo facto de ter acontecido aquilo que todos vimos, seguramente não houve trabalho meritório - regista-se mesmo um insucesso.

Como em tudo na vida, sucessos e insucessos,a não ser para os "públicos" teóricos e maníqueistas.

Há pois que punir exemplarmente os brincalhões.

E depois reflectirmos sobre se a culpa é dos pais, dos professores ou dos vários ministérios que têm ocupado a 5 de Outubro nas últimas dezenas de anos.

Entretanto o Público segue na tentativa de destruição da escola pública.

Até chegar o famigerado "cheque"!

Boas Notícias para o Público


Cessou a longa colaboração do Expresso com João Carlos Espada.
Finalmente, José Manuel Fernandes já pode contratar o seu "guru".
Provavelmente para engrossar o número de colunistas do "Inimigo Público".
Só pode!

A Telenovela


A Banca arruinada pede dinheiro ao povo. O povo arruinado pede dinheiro ao Estado.
O Estado arruinado pede dinheiro à Banca arruinada que pede dinheiro ao povo.

Nuno Rogeiro no Jornal de Notícias

Bem Vindo Ao Meu Clube


A propósito da mensagem de Natal do primeiro-ministro Marcelo Rebelo de Sousa diz que Sócrates deve "estar perturbado", segundo reza o Expresso de hoje.
Recordemos que há longos anos havia dito o mesmo de Balsemão , que apelidou de "lé-lé da cuca".
Quer-me parecer que deve ser uma obssessão invejosa.
Tavez lhe valesse a pena um pouco de introspecção e caldos de ..."vichyssoise"!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Bento XVI e os Suecos do Filósofo : Uma Questão de Liberdade


Nos meios homossexuais ingleses, as declarações do Papa BentoXVI da passada segunda-feira causaram protestos.

Discordo igualmente desses protestos e das declarações do Papa.

Era o que faltava uma pessoa, só por usar saias, ou por ser Papa, não poder dizer tolices.

Não é de esperar grande sensatez em adultos que acreditam que depois de uns gestos mágicos um copo de vinho se transforma em sangue. Mas as pessoas devem ter direito às suas tolices.

De modo que os protestos dos homossexuais são indefensáveis porque querem policiar o pensamento dos outros. Era tempo de se assumir que há quem pense que envolver-se em práticas homossexuais é condenar a alma ao inferno, e de se passar a explicar a tolice desta posição, ao mesmo tempo que se reconhece o direito de a ter a quem quiser tê-la, seja um Papa ou um vendedor de hortaliça.

Há quem defenda que a liberdade de expressão não é para toda a gente e que pessoas como o Papa devem ter tento na língua. Mas eu não concordo.

Toda a gente deve ter liberdade de expressão e o Papa em qualquer caso fala apenas para os católicos. Para quem haveria de falar? Se ele me disser que não devo entregar-me às alegrias da pederastia com suecos de dois metros de altura e que calçam o 45, estou-me nas tintas. Ele tem o direito de dizer isso e eu tenho o direito de ir para a cama com eles...

Desidério Murcho no Público

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

NATAL 2008


...Quando se começa a defender que algumas pessoas, que desempenham este ou aquele cargo, devem ter tento na língua é porque queremos construir uma sociedade baeada ma mentira: é porque sabemos que, não fosse a mordaça, as pessoas diriam o que realmente pensam e o que realmente pensam é uma tolice. Mas então o melhor é deixá-las primeiro dizer as tolices para depois explicar porque razão são tolices.


Desidério Murcho no Público



...Com uma licenciatura, dezasseis anos de escola, podemos aspirar a dobrar camisolas na Zara, a a arrumar livros na Fnac ou, fardados, a fugir dos clientes no Ikea. Com sorte, um contrato de seis meses. Com sorte, um estágio não remunerado.


José Luis Peixoto na Visão

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Filósofo& Vencido da Vida - Pacheco, Um Ostracizado na S.Caetano


Há-de haver uma razão quântica que explique o motivo pelo qual Pacheco Pereira consegue ser um analista perspicaz em todo o lado, menos na S.Caetano à Lapa

Ricardo Araújo Pereira na Visão

Guerreiro&Campeão - Santana, Um Herói na S.Caetano


Qual é o PSD que os portugueses preferem? O PSD populista e demagógico de Menezes, que aposta em Santana Lopes para cargos importantes, ou o PSD sério e credível de Manuela Ferreira Leite, que aposta em Santana Lopes para cargos importantes?....

...Com a escolha contrariada de Santana Lopes, Ferreira Leite parece uma editora de livros que, por si, só publicaria Dostoiévski, mas que se vê forçada a lançar as obras completas da Corin Tellado porque o populacho, lamentavelmente, gosta daquilo. Ela não lê, mas se as pessoas compram, vê-se forçada a dar ao público aquilo que ele quer....

...O problema é que, se Santan ganhar, será ele o vencedor; se Santana perder, a derrota será de Ferreira Leite. Toda a gente já percebeu que Santana nunca perde. Ou ganha , ou passa a andar por aí. Derrotas, não há notícia de ter sofrido.

Ricardo Araújo Pereira na Visão

A Esquerda do Nosso Descontentamento


...Não basta intitular-se trabalhador, reclamar-se de esquerda e desfilar na rua, para se passar a ter razão moral ou política. O Estado não pode ser a soma de vários egoísmos corporativos, sustentado pelo sacríficio de uns poucos. Não deveria bastar a um projecto político de esquerda dizer:"Está descontente?Marche conosco!". Pelo contrário, não vejo o que o dispensaria de fazer a cada um a pergunta suscitadoa pela célebre frase de Kennedy:"O que faz você pelo seu país que justifique o seu descontentamento?". Mas, para isso, é preciso primeiro definir o que deve ser o Estado. Até onde deve ir e onde deve parar. Uma questão velha como o mundo.


Miguel de Sousa Tavares no Expresso

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O Sociólogo do Restelo


Olhar Para o Restelo e Chamar-lhe Portugal
“Alguém pensa que é possível as famílias decidirem por si próprias diminuir o consumo? Renunciar às segundas casas? Deixar de passar férias no Brasil ou no México? Abdicar de ter um ou dois carros, dois ou três computadores, três ou quatro televisões? Desligar o aquecimento e o ar condicionado? Reduzir o consumo de máquinas de lavar, de frigoríficos e de bimbys? Abandonar o carro particular e utilizar os transportes públicos? Ninguém o fará. A não ser que a isso sejam forçados pelo desemprego, pelo corte de créditos, pelos aumentos de preços e pela diminuição de rendimentos.” António Barreto, Público, 21 de Dezembro de 2008.
O último artigo de António Barreto fez-me recordar uma das milhentas variações das anedotas do menino Zezinho, desta vez com um menino muito rico a quem a professora pediu para escrever uma redacção sobre a pobreza. O menino, que não conhecia ninguém com dificuldades económicas, quanto mais pobre, esforçou-se e escreveu. “A minha família é muito pobre. O jardineiro é pobre. O motorista é pobre. A empregada é pobre. A professora de piano é pobre. O técnico da piscina é pobre. Somos todos pobres. Ser pobre é muito triste”. A diferença é que António Barreto escreve as suas redacções no Público

Pedro Sales no Arrastão

Santa Ignorância


Só quem não percebe nada da vida das empresas é que pode "chumbar" o "período experiemntal" de seis meses para todos os trabalhadores.
Recorde-se que assim já é para quadros superiores ( conceito extremamente vago)
E, agora?
Continuamos com os contratos a prazo ou recibos verdes, mesmo se "martelados", como é hábito.
Passar a efectivo definitivamene ao fim de quinze, trinta ou noventa dias é perfeitamente inexequível.
E os "nossos" empresários não vão nessa, e nisso têm razão - é impossível avaliar alguém nesse curto período de tempo.
Vejam lá como Cavaco e o Tribunal Constitucional se tornaram responsáveis pela manutenção da já elevada precaridade.
Em aliança como o empresariado, que fica com mais margem para as manigâncias do costume, e com a CGTP , que mantém mais um fogo ateado!
Santa Ignorância!

Ó Pra Nós A Renovar A Esquerda


"Renovar a Esquerda" é linguagem de uma mitologia

Roland Barthes, que tem andado por estes anos injustamente esquecido, era um homem de esquerda. E, nessa condição, a sua preocupação maior foi sempre a de desmontar as "mitologias"(fossem elas de esquerda ou de direita), isto é, a cultura de massas, as construções ideológicas, os discursos que se apresentam como evidências e devem o seu poder de circulação ao estatuto "natural" que adquirem e os subtrai à critica. Os mitos de direita procuram a sua raiz no espaço originário e a-histórico das ideias sem palavras; os mitos de esquerda são antes a manifestação tagarela das palavras sem ideias. Roland Barthes não formulou a questão desta maneira, mas no seu horror fóbico pelo estereótipo sentiu sempre a necessidade de se desviar criticamente de todas as linguagens, sempre que começavam a "pegar". Quando hoje ouvimos falar de "renovar a esquerda" e vemos alguma gente mobilizada em torno dessa tarefa, é preciso analisar essa expressão como uma linguagem parasitária, uma enorme e velha mitologia que impede precisamente que se pense algo de novo. Nada pode ser renovado porque ela não é senão a perpetuação de ritos e mitos mecanizados.

António Guerreiro no Expresso

As (Boas) Escolhas de Marcelo


Sempre que leio notícias do forrobodó nos CTT no tempo do PSD, vem-me à ideia que este Carlos Horta e Costa é o mesmo que foi secretário-geral do PSD no consulado do Prof. Marcelo e membro da comissão política de Marques Mendes. Mas devo ser eu, que já estou lelé da cuca, a fazer confusão, com certeza. Os media — amordaçados pelo poder rosa — não deixariam de associar a coisa, se fosse verdade.

Miguel Abrantes no Câmara Corporativa

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Portugal, A Direita e o Insuportável "Peso do Estado"

Receita pública em percentagem do PIB, países da UE, Noruega e Islândia, 2007
(Fonte:Eurostat)

As Férias das Avoilas


A PUTA DA CRISE


Então Não É Sempre Assim?.


A Arrogância da Banca


...A banca assumiu um poder tal que tem o Estado e a sociedade inteira como reféns. Por isso qualquer quadro superior do BES se permite o desplante de acusar o governo de "bluff" - ainda que a palavra lhe tenha sido sugerida por quem o entrevistou - quando o ministro das Finanças ameaça retirar o aval aos bancos se estes não cumprirem a sua parte do compromisso. No fundo, foi a arrogância de todo o sector que falou pelo responsável do BES em causa, ainda que ele só tenha dito o que todos já percebemos: que o governo nada manda e pouco pode contra os interesses do "sistema". Isto apesar de o mesmo "sistema" andar de caças na mão a pedir o apoio do Estado.


Excerto de um texto de Fernando Madrinha no "Expresso"


Nota : Então não é o próprio BES que tem, sempre, em todos os governos um ministro-embaixador?

O Que Diz Pacheco


...Por fim, Pacheco Pereira concluiu que o desempenho de Manuela Ferreira Leite não depende de actos e decisões políticas: a Dr.ª Manuela é séria e ponto final. Se só diz asneiras, se é tacticista ou se cai no mais puro oportunismo para se aguentar à frente da nau em que ele faz o papel de grumete desorientado, tanto faz. O que interessa é que a senhora é séria, como revelam as suas rugas, os seus silêncios e os seus dichotes inconvenientes.


Excerto dum post de Miguel Abrantes no Câmara Corporativa

domingo, 21 de dezembro de 2008

Um Tonto Balofo


Mais de um milhão de razões para ter vergonha
Votei Alegre nas presidenciais. Por um lado, jamais votaria Cavaco, nem que tal desse o título de campeão ao Sporting. Por outro lado, jamais votaria Soares, havendo ainda a forte motivação para o castigar, bastando ficar atrás de Alegre por 1 voto. O que eu não tinha era o mínimo interesse em Alegre, embora a sua mediocridade, ao tempo, lhe desse uma caução simpática em estrita correspondência com a sua irrelevância. Ter sido herói da luta contra Salazar e Caetano não impedia a constatação de ser agora um tonto balofo, mais um entre tantos.
Acontece que Alegre tem um passado, e ninguém se preocupa mais com ele do que ele próprio enquanto seu protagonista, realizador e projeccionista. O passado é sempre uma qualquer versão alternativa, nunca a definitiva. Ora, é evidente que Alegre está muito satisfeito com a versão que escolheu e publicita. Por isso, e por não ter qualquer ideia política que valesse a pena discutir entre a população, foi para as eleições presidenciais plebiscitar a sua biografia em versão oficial. O resultado obtido fez-lhe muito mal à caixa dos trocos, passou a acreditar que tinha 1 milhão de portugueses (Mais!) a validar a sua pessoa tal como ele a imagina. Essa infecção narcísica tem vindo a gangrenar, e pode levar a uma amputação. As duas últimas entrevistas, SIC e RTP, exibem uma pessoa gravemente fragilizada, sem as mínimas competências para a gestão de cargos de exigência política complexa, incapaz de pensar as questões nos planos teóricos e técnicos, vítima de distorções cognitivas e perversões emocionais. Neste quadro, o seu discurso resume-se ao anedotário do quotidiano (almoçou com este, falou com aquele, ouviu o outro, os apoios na rua, os que lhe pedem para fazer qualquer coisa) e à repetição maníaca de clichés escandalosamente grosseiros, inanes.
É esta pessoa – muito provavelmente até a precisar de ajuda psicológica – que o BE explora com um cinismo assustador. Ver Louçã a colar-se ao seu desvario egóico – em que Alegre fala do PS e da esquerda exactamente como o Toni fala do Benfica e de futebol – e a manipular as debilidades intelectuais do coitado, arrepia-me. Ouvir Rui Tavares a fazer contas a deputados num cenário de fractura do PS pela saída de Alegre – reduzindo a política ao calculismo acéfalo e desbragado – causa-me asco. E se, num milagre, estes dois ninjas vermelhuscos se arrependessem 1 milhão de vezes do mal que andam a tentar fazer à democracia e ao velhote, ainda não seria suficiente: teriam de se arrepender 1.125.077 vezes.

Valupi no Aspirina-B

José Sócrates VS Manuel Alegre


O homem mais tolo mas que tenha ânimo persuade melhor do que um sábio sem paixão.


François de La Rochefoucauld em Máximas e Reflexões Morais

sábado, 20 de dezembro de 2008

Santana Lopes VS. Pacheco Pereira


O homem mais tolo mas que tenha ânimo persuade melhor do que um sábio sem paixão.


Françóis de La Rochefoucauld em Máximas e Reflexões Morais

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Travessuras da Moeda Má


Manuela Ferreira Leite acusa Sócrates e o PS de afrontarem o Presidente da República no caso do Estatuto do Açores quando estes estão no seu plenissimo direito de insistir num diploma já aprovado duas vezes por unanimidade e seguramente novamente aprovado com os votos de todos os partidos e abstenção oportunista do PSD.
Esquece-se que Cavaco várias vezes vetou diplomas aprovados pela maioria e enviou inúmeros para o Tribunal Constitucional, como é sua prerrogativa.
Sucede que Manuela é mesmo muito esquecida, ou finge sê-lo, para esconder que também ela fez uma grande afronta ao seu amigo Anibal.
Ao arrepio de todas as coerências e de tudo quanto havia dito vai nomear "a moeda má" como candidato à autarquia lisboeta.
Quem não tem moeda boa, caça com a má!

Os Contemporâneos - Elevador

"Conversa do Dia"
Texto de Nuno Costa santos

Às Vezes Há Conselhos Grátis


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

La Gauche C'Est Moi

Publicado no Blogue dos Marretas

"O Vencimento de Deputado È Uma Pelintrice"


Coitado do Manuel Alegre

Já nem dá para comprar espingardas "de marca"!
Espiem só aqui, no Câmara Corporativa, de Miguel Abrantes.
E a lata com que perorou no "encontro das esquerdas".
Revoltante e Vomitante.

Ah! e tão Arrogante, o homem!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E o Partido Comunista...


...também apoiará Santana Lopes, claro.
Assim se verá a força que o PCP à esquerda (não) dará!

Não É Preciso Vigiar Gente de Bem


Os Gigantes da Cornucópia



Até 21 de Dezembro no Teatro do Bairro Alto

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Elitismo Letrado


«E, no entanto, quer se trate da cognição, dos valores, dos afectos ou das emoções, as consequências da leitura também não podem ser sobrevalorizadas. Não podemos negar a criatividade dos iletrados, sob pena de negar a descoberta do fogo e a fabricação de tantos utensílios e de objectos pelos nossos antepassados. A invenção do alfabeto não foi anterior a qualquer forma de arte. O letrado não tem melhores valores nem melhores sentimentos que o iletrado. Há outros materiais, além dos livros, para a educação dos sentimentos.
O elitismo do letrado convencido duma ilusória superioridade da ignorância do outro, fecha o caminho à mudança e à descoberta de tesouros insuspeitados. Provém da xenofobia contra aqueles que não são cidadãos da República das Letras. Cultivemos a leitura para todos e para cada um, mas não façamos dela uma perversão narcísica!»
José Morais, 1997

Citado por Fátima Rolo Duarte no seu fworld

Praça da Traição?


Alegre não é mais do que a boa consciência da esquerda que se orgulha de não ter cedido perante o pragmatismo inevitável do poder. O seu discurso é o de alguém que nunca governou nem, arrisco eu, saberia bem como o fazer se lhe fosse dada a oportunidade. Por isso, e contra a capitulação e os desvios direitistas do PS, Alegre enche o peito e pede coragem e vontade de mudar. Cheio de boas intenções, Alegre recorre a todos os chavões moralistas da esquerda tradicional. Há quem se deleite com isto e o veja como alguém que se manteve puro e que não traiu os mais elevados princípios e valores da esquerda. Ele é o virtuoso; o sonhador; o bom. Ele é a esquerda que não aprende, nem aprenderá, em todo o seu esplendor. Alegre é uma 'alma bela', que não se compromete com a acção política, sendo essencialmente negativa e acusatória. É do alto da sua inocência que ele recrimina quem traiu os seus elevados ideais. A vacuidade do discurso é total, e resume-se basicamente a umas quantas proclamações de um sentimentalismo bem intencionado mas irresponsável. Manuel Alegre pode querer ser muitas coisas, mas eu aposto que ele deve querer sobretudo manter-se inocente. A eficácia do seu 'discurso político' depende disso.

João Galamba no Jugular

Um Conselho do Provedor do Público


O provedor não quer (nem deve) interferir na liberdade de escolha dos editores quanto aos objectos de notícia , mas, nesta época em que as agências de comunicação e os departamentos de relações públicas das grandes instituições e sociedades aspiram cada vez mais ( e com êxito cada vez maior) a conformar as opções editoriais dos orgãos de informação, não pode deixar de alertar para a necessidade de manter sempre, nas matérias publicadas, a linguagem e o tipo de escrutinio que são apanágio do bom jornalismo.

Joaquim Vieira, Provedor do Público

Nota : Seria interessante que a administradora, Claudia Azevedo, da sociedade proprietária do jornal ,meditasse bem nestas palavras. Poderia tirar as devidas ilações e encontrar as causas das descidas nas tiragens. Mesmo de segunda a quinta-feira. Se se aconselhasse com quem sabe do assunto talvez não gastasse tanto em consultadorias da treta.

Mário Nogueira, o Comunista-Peregrino em Fátima


...Seja como for, o recurso à intervenção da hierarquia católica num processo político reveste aspectos melindrosos. Não acredito que a Conferência Episcopal se vá deixar envolver num protesto de consequências incontroláveis. Os alunos, ao verificarem que os professores não estão dispostos a ser avaliados - a não ser como eles quiserem -, podem começar também a não aceitar exames, a faltar quando lhes apetecer, a impedir os professores de entrar nas salas de aulas, a não ser para os humilhar com slogans usados pelos professores nas manifestações.

Frei Bento Domingues, no Público

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Júbilo À Direita


O discurso de Manuel Alegre pode ter sido o facto político mais importante dos últimos anos. Cujos efeitos são susceptíveis de se repercutirem nos próximos três actos eleitorais e de mudarem o panorama político-partidário por muitos mais.Se Manuel Alegre concretizar uma ‘Frente’ com o Bloco e com os movimentos sectoriais do descontentamento crescente estará em condições de aproveitar eleitoralmente os elevadíssimos níveis de insatisfação que se estão a gerar ‘à esquerda’.O fraccionamento do PS pode levar a pior liderança de sempre do PSD a regressar ao jogo político de onde tem estado ausente por manifesta inépcia. Sem Manuela Ferreira Leite, no entanto, caso o PSD fosse liderado por gente com um talento político mínimo, estou convicto, Sócrates poderia estar em vias de perder as Legislativas.Mas talvez isso não esteja nos planos da maior parte dos dirigentes laranjas: quer os que pretendem suceder a Ferreira Leite após as eleições, quer os que só desejam assegurar um clima propício ao bom desfecho dos seus negócios através do Bloco Central.


Caras no Inimigo Público


JOSÉ SÓCRATES : Pessoa que fará um dia os anúncios da Nespresso


LAURINDA ALVES : ...Vai ser a cabeça de lista às eleições europeias do Movimento Esperança Portugal.....pretende reivindicar em Estrasburgo, não apenas a esperança, mas também o feng-shui, os SPA e os estímulos do Estado à auto-estima de todos os europeus.


ANTÓNIO BORGES : Nova gaffe...levou-o a enviar a lista dos 28 deputados prevaricadores, não ao Conselho de Jurisdição Nacional, mas à CMVM. "A Dra. Manuela disse-me que os 28 deputados, todos juntos, não valiam um tostão furado....vai daí , achei por bem avisar a entidade reguladora do mercado de capitais que tínhamos o grupo parlamentar a descoberto".


SANTANA LOPES : Sofre de perturbação de hiperactividade com défice de atenção. O caso...é paradigmático, pois a sua hiperactividade leva-o a candidatar-se a sucessivos cargos públicos enquanto o seu défice de atenção o impede de perceber que ninguém tem a mínima intenção de votar nele para o que quer que seja.

Ferreira Leite, a Adiantada


Quando, no centro de uma crise económica mundial sem precedentes, o que mais preocupa o maior partido da oposição é acusar o primeiro-ministro de não a ter previsto, de ser culpado dela em Portugal e de não ser suficientemente pessimista, apetece dizer, como diriam 70% de portugueses insatisfeitos com esta democracia: quem tem uma oposição destas, escusa de ir a votos.


Miguel de Sousa Tavares no Expresso

domingo, 14 de dezembro de 2008

Mitos Portugueses


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É verdade que uma pessoa fazer 100 anos é notável e enternecedor. Mas é-o se a pessoa for próxima de nós. É também notável, para quem se interesse por isso, que um cineasta nacional seja reconhecido internacionalmente. Acontece que Manoel de Oliveira não me é próximo e as coisas do reconhecimento do que é nacional não me movem (a sério, juro, não tenho culpa). Já mais importante é reconhecer que para compreender e gostar de arte é preciso treino e estudo. É verdade. Acontece, porém, que não me considero um embrutecido nesse campo - embora seja francamente mais deficiente em cinema, arte que me seduz mas não me entusiasma - pelo que aceito ser deficitária a minha opinião. Posto isto, espreitei ontem um pedaço de um filme de Oliveira sobre Colombo ou a propósito de Colombo. Passou na RTP, a jeito de prenda. Doeu tanto que senti o mesmo tipo de aflição que se sente quando um amigo representa mal em palco ou comete uma burrada que sabemos não representar as suas capacidades. Não percebo, prontoS, como grafaria a f. Não percebo mesmo. Ainda assim reservo-me o direito de dizer que não gostei dos filmes de Oliveira que vi - nem dos que vi um terço, antes de sair da sala - e que não tenho nada a ver com a insuportável paixão nacionaleira que permeia muitos dos seus filmes, como se houvesse algo de extraordinário e complexo e original em ser português (ou isso tivesse a mais remota importância).

Miguel Vale de Almeida no Os Tempos Que Correm

Salvem os ricos (contemporâneos)

Ajudem os milionários

Uma Tarefa Patriótica


Volto mais uma vez às palavras de Vitor Dias quando, há algumas semanas, nos elucidou que "causas, movimentações, acções e iniciativas" não nascem "de geração espontânea ou milagrosa". Grande verdade, sabemos bem que são os militantes, devidamente enquadrados pelos funcionários, que levam tudo isso avante.
Estejam pois muito atentos aos próximos capítulos.
Quer-me parecer que o PCP irá encarregar Carvalho da Silva de um derradeiro trabalho político, absolutamente fundamental para o desenvolvimento das forças democráticas e socialistas.
Sorrateirra e clandestinamente, como é seu apanágio.
O mote está dado - o PS é a direita no poder!

Evidência PÚBLICA...


...ou talvez não

"Hoje ao ouvir uns excertos críticos de Belmiro de Azevedo sobre os apoios governamentais aos bancos em dificuldades certifiquei que ainda há lógicas distintas entre os detentores de capital e que a história económica de Portugal depois da II Guerra Mundial foi quase sempre a história do domínio político do capital financeiro sobre o comercial e o industrial.O 25 de Abril interrompeu durante 15 anos esse domínio.Foi quando a Sonae prosperou."

Medeiros Ferreira no Bicho Carpinteiro

A Coreia no Caldas


Parece que Paulo Portas venceu o congresso do CDS-PP onde era candidato único, com cerca de 95% dos votos.
O país assistiu a um caso absolutamente exemplar de jogo democrático.
Jerónimo de Sousa que se cuide.
È a Coreia do Norte em Lisboa.
O Grande Líder já pode ir passar o fim de ano em Aspen.
Sem sombra de golpe de estado!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Vêm Aí Os Médicos!


Quem disse que Ana Jorge veio substituir Correia de Campos para pararem os "afrontamentos" em ano de eleições?

Afinal em plena "guerra" com os professores o Ministério da Saúde não tem medo de enfrentar os médicos.

Mais uma vez na classe da "média" burguesia "intelectual!

Ou os oráculos falharam ou não vamos ter eleições!

Uma Classe Mártir e Explorada


...A nível do ensino básico, o ratio professor/estudante é de um para 11, abaixo da média da OCDE (16); e no secundário é o mesmo, também abaixo da média (13) - com a curiosidade de no privado haver um ratio superior. Sendo um dos países da OCDE com menor PIB per capita, Portugal está, nesse grupo, entre os que melhor paga aos professores. Por outro lado, se os professores portugueses em início de carreira estão entre os mais mal pagos da OCDE (em termos de poder de compra comparativo), a partir de 15 anos de carreira sobem na escala, ultrapassando a Suécia, a Itália e a Noruega, e no topo estão ao nível dos salários dos seus congéneres alemães e finlandeses, acima da Dinamarca, do Reino Unido e da França. Por fim, o tempo total de trabalho exigido aos professores portugueses (1440 horas/ano) está mais de 250 horas abaixo da média da OCDE. Dificilmente o retrato de uma classe mártir e explorada. Antes pelo contrário.


Excerto de um texto de Fernanda Câncio no DN com elememtos de estudo da OCDE