terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Especulações Sobre Uma Nomeação


Li aqui há dias, numa daquelas irritantes notas de rodapé, que passam durante os telejornais, ter sido Diogo Infante nomeado director artístico do Teatro D. Maria II.
Independentemente da personalidade em causa, gostaria que o Nacional tivesse à sua frente alguém com um perfil um pouco mais sénior, com larga experiência, designadamente em encenação.
Dispensar-se-iam de bom grado a “rodagem” em apresentação televisiva e locução de publicidade radiofónica.
Tenho a certeza que Lagarto e Fragateiro, por motivos diferentes, não cumpriram cabalmente as funções que lhe foram confiadas, logo, foram bem substituídos.
Consta-me que tanto Luis Miguel Cintra como João Mota terão, em diversas alturas, rejeitado o lugar.
Não sei se Jorge Silva Melo foi convidado mas parece-me ser homem para declinar.
Já quanto a Ricardo Pais parece-me que aceitaria se tal lhe fosse oferecido.
Eis quatro nomes que reuniam todas as condições para engrandecer aquela casa.
Mas eis que se me põe a questão do “porquê” um director artístico.
Não tem o Teatro Nacional uma administração, ou lá o que quisermos chamar, com três elementos?
Para além daquele que trata dos assuntos administrativos e financeiros o que fazem os outros?
São figuras de corpo presente?
Não será isto delapidar os dinheiros públicos?
Nestas coisas, não há delitos maiores ou menores.
È que grão a grão…

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