terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O Sociólogo do Restelo


Olhar Para o Restelo e Chamar-lhe Portugal
“Alguém pensa que é possível as famílias decidirem por si próprias diminuir o consumo? Renunciar às segundas casas? Deixar de passar férias no Brasil ou no México? Abdicar de ter um ou dois carros, dois ou três computadores, três ou quatro televisões? Desligar o aquecimento e o ar condicionado? Reduzir o consumo de máquinas de lavar, de frigoríficos e de bimbys? Abandonar o carro particular e utilizar os transportes públicos? Ninguém o fará. A não ser que a isso sejam forçados pelo desemprego, pelo corte de créditos, pelos aumentos de preços e pela diminuição de rendimentos.” António Barreto, Público, 21 de Dezembro de 2008.
O último artigo de António Barreto fez-me recordar uma das milhentas variações das anedotas do menino Zezinho, desta vez com um menino muito rico a quem a professora pediu para escrever uma redacção sobre a pobreza. O menino, que não conhecia ninguém com dificuldades económicas, quanto mais pobre, esforçou-se e escreveu. “A minha família é muito pobre. O jardineiro é pobre. O motorista é pobre. A empregada é pobre. A professora de piano é pobre. O técnico da piscina é pobre. Somos todos pobres. Ser pobre é muito triste”. A diferença é que António Barreto escreve as suas redacções no Público

Pedro Sales no Arrastão

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