quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Parecenças


Toda a estupidez é parecida. As inteligências andam de elevador. Chegam lá acima e caem de varandas altas. São acidentes, destinos. Então reparamos, ao vê-las, estateladas, como são tão diferentes.

Pedro Proença em Os Apetites de Uma Pantera Portátil

A Frase do Ano


"E até nem sei se a certa altura não é bom ter seis meses sem democracia, meter-se tudo na ordem e depois, então, venha a democracia"

Manuela Ferreira Leite, valha-lhe a sinceridade!

Com H e Sem H


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Futurólogo


"Na ausência de uma oposição, tem ele [Cavaco Silva] de substituir a oposição. Portugal inteiro espera isso dele. E, depois, quando Sócrates sair, como cairá, na execração geral e ele, Cavaco, reeleito, reentrar em Belém, se tratará de pôr a casa em ordem."
Sentença de Vasco Pulido Valente, há dias no Público.
Já sabia da vocação do colunista para a meteorologia – um dia destes choverá.
Sócrates irá sair, cairá.
Mas o que mais me intriga não é afirmar que Cavaco é oposição, na sua falta ou melhor, no seu reforço - outra coisa não se esperaria!
O que me intriga é aquela ameaça de que Cavaco, após o pontapé em Sócrates, irá "pôr a casa em ordem”.
É o sound-byte que fica sempre bem numa crónica.
A bomba!
Apelo tipo 28 de Maio?
Afinal o que terá em mente Vasco?
Isso é que gostaria de ver esclarecido.
Mas a isso, como sempre, Vasco aos costumes diz nada!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Conspirador da Avenida de Roma


(…) no caso que acabou por marcar este mandato de provedor agora no fim – a questão das notícias acerca da alegada vigilância de S. Bento sobre Belém –, continuo a julgar ter dito o que devia dizer: lançar um sério aviso sobre o que, procurando decidir em total independência e autonomia, entendi como desvio aos valores editoriais em que se fundou este jornal, um copo que eu via cheio há já algum tempo e que transbordou com essa enorme gota de água. Sei que muitos de vós se sentiram ofendidos no brio profissional quando questionei a existência no jornal de uma agenda oculta, mas não se tratava de pôr em causa toda a redacção. Só que numa orquestra afinada basta um dos seus elementos perder o tom (para mais numa posição de chefe de naipe ou de concertino), para que todo o conjunto desafine (imagine-se então se é o maestro a dirigir com outra partitura).

Excerto da carta de Joaquim Vieira aos jornalistas do Público ao terminar o seu mandato como Provedor do jornal




domingo, 27 de dezembro de 2009

Para Terminar de Vez Com O Fim-de-Semana Católico


Fátima é o nome de um lugar da província, não sei onde ao certo, perto de um outro lugar do qual tenho a mesma ignorância geográfica mas que se chama Cova de qualquer santa.

Nesse lugar - esse ou outro-ou perto de qualquer d'elles, ou de ambos,viram um dia umas crianças aparecer Nossa Senhora (...)Assim diz a voz do povo da província e "A Voz" (jornal católico e monárquico) sem povo de Lisboa.

Deve portanto ser verdade, visto que é sabido que a voz das aldeias e "A Voz" da cidade de ha muito substituíram aquelas velharias democráticas que se chamam, ou chamavam, a demonstração científica e o pensamento raciocinado.
O facto é que há em Portugal um lugar que pode concorrer e vantajosamente com Lourdes. Ha curas maravilhosas, a preços mais em conta.


O negócio da religião a retalho, no que diz respeito à Loja de Fátima, tem tomado grande incremento, com manifesto gaudio místico da parte de hoteis, estalagens e outro comércio desses jeitos - o que, aliás,está plenamente de accordo com o Evangelho, embora os católicos nãousem lê-lo - não vão eles lembrar-se de o seguir!

Fernando Pessoa,1935, excertos de um inédito descoberto pelo historiador José Barreto em 2008 ( citado no "i")

Homílias


sábado, 26 de dezembro de 2009

Suas Eminências


Suas Eminências garantiram o monopólio para a religião católica durante a ditadura Salazar-Marcelista.
Suas Eminências compactuaram com a censura e com a polícia politica.
Suas Eminências começaram a perder esse monopólio a partir de 1974.
Suas Eminências, apesar de terem passado 35 anos, ainda não se habituaram à ideia de democracia e liberdade religiosa.
Suas Eminências fazem discursos onde misturam teorias "filosóficas" com o mais reles populismo e demagogia pensando iludir ignorantes.
Suas Eminências pensam estar nos anos quarenta ou cinquenta a discursar para camponeses analfabetos de aldeias do interior (Assim seja!)
Suas Eminências fazem-no conscientemente tentando assim manter a sua quota de mercado.
Suas Eminências tentam enganar e enganam-se.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Tão Difícil, Tão Difícil Que Eu Própria Nunca O Vi


O bem existe e é mais forte que o mal. Só que nem sempre é fácil vê-lo.

Maria José Nogueria Pinto no Diário de Notícias

Boas Festas


Sócrates, Discípulo de Cavaco



‘A minha intuição dizia-me que uma atitude defensiva face aos obstáculos criados pela Assembleia da República não compensava. Procurava então contra-atacar e tornear as dificuldades criadas. Alertava o País e acusava a oposição de obstrução sistemática e de querer impedir o Governo de governar.
A oposição, por seu lado, acusava o Governo de arrogância, de seguir a táctica de guerrilha com a Assembleia e de manipular a opinião pública contra ela. [...]Face à acção dos partidos visando descaracterizar o orçamento [...], o Governo procurou dramatizar a situação, convicto de que isso jogava a seu favor. A seguir ao “Telejornal” do dia 8 de Abril fiz uma comunicação ao País através da televisão.
Denunciei as alterações introduzidas na proposta do orçamento apresentado pelo Governo, as quais se traduziam em despesas públicas desnecessárias, aumento do consumo e benefícios para grupos que não eram os mais desfavorecidos da sociedade portuguesa.
Procurei mostrar aos Portugueses como era errado e socialmente injusto forçar o Governo a decretar do preço da gasolina, uma clara interferência da Assembleia na área da competência do Executivo, que ainda nunca antes tinha sido feita.
Para tornear as dificuldades criadas e para os que objectivos de progresso propostos pelo Governo pudessem ser ainda alcançados, anunciei na televisão um conjunto de medidas compensatórias visando, principalmente, contrariar o excesso de despesa e de consumo induzido pelas alterações feitas pela oposição.
O meu objectivo, ao falar ao País sobre o orçamento, era também o de passar a mensagem de que o Governo atribuía grande importância ao rigor na gestão dos dinheiros públicos.A mensagem de que a Assembleia obstruía sistematicamente a acção do Governo passou para a opinião pública. O Governo, sendo minoritário, surgia como a vítima e acumulava capital de queixa: queria resolver os problemas do País e a oposição não deixava.
A oposição não percebeu que, tendo o Governo conseguido evidenciar uma forte dinâmica e eficácia na sua acção, a obstrução ao seu trabalho não a beneficiava. O PS revelava dificuldade em ultrapassar os ressentimentos pelo desaire sofrido nas eleições de Outubro de 1985 e o seu comportamento surgia-me como algo irracional.
O Governo e o PSD procuravam tirar partido da situação e alertavam a opinião pública para as estranhas convergências entre o PS e o PCP na Assembleia da República.’

Aníbal Cavaco Silva, "Autobiografia Política. Vol. I" (Temas e Debates, 2002, pp.144-145)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Afinal...


As escutas telefónicas no âmbito do processo Face Oculta relativas a conversas entre o arguido Armando Vara e o primeiro ministro são nulas e, mesmo não tendo em conta essa mesma nulidade, não contêm "indícios probatórios que determinem a instauração de procedimento criminal contra o Primeiro-Ministro, designadamente pela prática do crime de atentado contra o Estado de Direito", esclarece, em comunicado divulgado há pouco, o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro.

O mesmo comunicado salienta que o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha de Nascimento, "no uso de competência própria e exclusiva, proferiu decisões onde, além do mais, julgou nulos os despachos do Senhor Juiz de Instrução que validaram as extracções de cópias das gravações, não validou as gravações e transcrições e ordenou a destruição de todos os suportes a elas referentes". Esta decisão tem de ser acatada, motivo pela qual "não é possível facultar o acesso a tais certidões" refere o texto divulgado à comunicação social. O comunicado explica ainda a razão pela qual não são igualmente tornadas públicas as certidões dos despachos proferidos pelo PGR "uma vez que nos mesmos se encontram transcritas partes dos relatórios referentes às gravações em causa, já que não seria possível fundamentar os despachos sem referir o que foi escutado (no todo ou em parte)". Por outro lado, "a divulgação dos despachos violaria assim igualmente as decisões do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça", considera Pinto Monteiro.O PGR garante, contudo que "a investigação no processo “Face Oculta” (que nada tem a ver com o que se discute nas escutas) prosseguirá com toda a determinação, a fim de se apurarem os ilícitos existentes, por forma a poderem ser sancionados os eventuais responsáveis".
Público on line

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Que Sei Sobre As Mulheres

Sabes, Ana, não quero saber nada sobre as mulheres. Nunca acreditei em generalizações...
As mulheres não são as mulheres. As mulheres são a mulher...
Porque isto de conhecer a sério as mulheres (olha eu a cair no erro) só mesmo quando chegamos bem perto. Ao longe o nevoeiro tolhe a visão.
Mas antes deixa-me falar-te da que conheço melhor. Chama-se Ana, Ana…
Que sei eu dela que mereça ser dito e possa ser extrapolado. Ela é a Ana, Ana.
E isso faz dele um ser único, aquele que me apetece amar, amar, amar…
Amo-a porque se zanga. Amo-a porque se acalma. Pediu-me na estação de serviço batatas fritas. Procurei as melhores para a agradar. Como a sei tradicionalista em muitas coisas comprei umas que se diziam “originais”. Infelizmente eram onduladas.
Chateou-se comigo como devia, claro. Eu não me lembrava que ela só come das lisas. E sabes porquê? Porque não me tinha disso dado conta. Porque não o sabia, no fundo. Saí então do carro, caminhei pela segunda vez por entre os dois graus centígrados e troquei-as. Sabendo que nada mais sei que não seja somar batatas fritas lisas à vida da mulher que amo e que me deixa ser dela.

Excerto de uma carta de Jorge Reis-Sá em resposta ao inquérito de Ana Sousa Dias, na Pública

domingo, 20 de dezembro de 2009

Com Que Idade Percebeu Que Falhou na Vida?


Ainda não percebi...Entre nós (portugueses), são vulgares atrasos e retardamentos.


Certeira resposta de Isabel Leal, psicóloga clínica, ao "pretensioso" inquérito da Pública elaborado por Miguel Esteves Cardoso,Pedro Mexia e José Diogo Quintela, personalidades mediáticas que já reconheceram haver falhado.

Fledermaus Quadrille #6

Natal e Ano Novo sem "O MOrcego" não Valem!

Tatiana Troyanos - Chacun a Son Gout - Die Fledermaus

A Festa Continua!

Johann Strauss Jr. - Die Fledermaus Overture (Abertura de O Morcego) - OSRP - Reg. Claudio Cruz

Festas de Natal!

Liberalidades


A propósito da Cimpor volta a falar-se na manutenção dos "centros de decisão" (?) no país ou seja, na mão de "decisores" portugueses. Para poderem decidir mal...

A Inefável "Comunicação Social"


sábado, 19 de dezembro de 2009

Agora Estão a Voar Mais Baixinho


TERÃO DESAPARECIDO
Parece que os assessores de Belém, que durante mais de dois anos estiveram presentes e protagonizaram algumas golpadas políticas, desapareceram. Mas no site da Presidência estão lá todos, o que significa que receberam ordens para estarem parados durante algum tempo ou então para serem mais cuidadosos nas suas conspirações contra a democracia.

No Jumento

Terra


António Jorge Gonçalves

Amor Entre Pessoas do Mesmo Século

Ainda que neste Inverno não pense na hipótese de casamento, a Vanessa só admite o amor entre pessoas do mesmo século.
Eu insisto que a ideia é discriminatória e falo-lhe da demi Moore.
No entanto, ela responde-mecom uma fúria conservadora que me deixa à beira de a insultar no Facebook, ou assim.
- As coisa nunca funcionam.
Mas no caso de pessoas do mesmo século lida-se melhor com o não funcionar das coisas. Os riscos são menores, estás a ver?

Ana Sá Lopes no "i" (excerto)


Modas


Todos os aspectos do pensamento têm o seu momento, a sua frivolidade: assim,nos nossos dias , a ideia do Nada...Como parecem acabados a Matéria, a Energia, o Espírito! Felizmente, o léxico é rico: cada geração pode beber nele e daí retirar um vocábulo, tão importante como os outros - inutilmente defuntos.

E.M.Cioran em Silogismos da Amargura

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Contemporâneos - Videoclip: "Salvem os Ricos"

Segregação Social Inaceitável

A Juventude Popular vem por este manifestar o espanto, rejeição e estupefacção pelas declarações e intenções do Primeiro-Ministro José Sócrates em aplicar em Portugal um imposto especial sobre os bónus na banca. A medida pretende aplicar de uma forma cega e populista um imposto sobre rendimentos legítimos, visando apenas uma classe da população, o que logo à partida se reveste de uma segregação social inaceitável.

Daniel Oliveira no Arrastão

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Solidariedade com Tiger Woods


Nós, os abaixo assinados, intelectuais, artistas e desportistas portugueses, vimos por este meio manifestar a nossa indignação com o apedrejamento por adultério do golfista Tiger Woods.

Vamos Ao Cinema


Sócrates e os Grandes Espíritos


Essa espécie de mal-estar quando tentamos imaginar a vida quotidiana dos grandes espíritos...Por volta das duas da tarde que poderia Sócrates andar a fazer?


E.M. Cioran em Silogismos da Amargura

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O Aldrabão Pensa Defender a Sua Corporação


Pedro Nunes, Dezembro de 2005:
Segundo Pedro Nunes, as entradas anuais nas faculdades de Medicina aumentaram de 300 para 1300 nos últimos dois anos, "um número que é razoável e que vai resolver os problemas do país". No entanto, o bastonário salientou que "não é amanhã, é daqui por dez anos, o tempo de formação de um médico", já que o aumento das vagas nas universidades foram tomadas com "uma década de atraso".Pedro Nunes, Dezembro de 2009:
«Com o número de pessoas que entra nas faculdades de medicina todos os anos, o país terá dentro de quatro ou cinco anos médicos desempregados, vão ficar médicos indiferenciados, que não servem rigorosamente para nada, portanto isto é uma fraude que está a ser feita às novas gerações».




João Magalhães no Câmara Corporativa

Saharaidar


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

...Entretanto na Assembleia da República

Pedro Vieira

Um Euro e Oitenta e Cinco Cêntimos


Esta manhã num café da Grande Lisboa.
Uma mulher, talvez quarenta anos, pergunta quanto custa um abatanado e um bolo.
O patrão disse que seriam 1,85Euros.
Então tire-me café, respondeu a mulher

domingo, 13 de dezembro de 2009

Palhaçadas em S.Bento

A Lucidez ( de quando em vez)


...A ironia é que o PSD não se entende o Portugal moderno ou "modernizado" que ele próprio, no "cavaquismo", criou.
Um Portugal urbano (mesmo na provincia); um Portugal permissivo, indiferente à moral ; um Portugal a que o Estado-Providência vai garantindo uma vida obviamente mísera mas não deseperada; e, sobretudo, um Portugal dividido entre uma classe média com uma cultura de massa e sem definição exacta e uma subclasse amorfa, que não é raconhecível ou tratável pelas velhas categorias da teoria clássica (o campesinato, o proletariado e por aí fora).
Nesta sopa turva o PSD não sabe o que fazer. E não será concerteza uma congregação de sábios como alguma gente propõe, que o pode orientar...

Vasco Pulido Valente no Público

sábado, 12 de dezembro de 2009

Sobre o tom apocalíptico e modos de pensar




Adoptando um tom apocalíptico outrora usado na filosofia e na crítica da cultura, alguns comentadores falam de um país – Portugal – à beira da catástrofe. Nesse discurso, nada que não esteja à altura do fim e da situação-limite lhes interessa. A isto chamou o filósofo alemão Karl Lowith um “modo de pensar por catástrofes”. Este discurso, de raiz profundamente conservadora, tem um carácter cíclico mas tende a esquecer-se que a sua lei é a do eterno retorno. Por outro lado, ele está tão arreigado à convicção de que há épocas de decadência que nem por um momento lhe ocorre que a verdadeira catástrofe pode ser o facto de as coisas continuarem como sempre foram. No fundo, esta previsão apocalíptica corresponde a um mal que Ulrich, a personagem criada por Musil em “O Homem Sem Qualidades” compreendeu muito bem. Ulrich percebeu que a época em que vive, dotada de um saber imenso que nenhuma época tivera antes, parece ser incapaz de intervir no curso da história. Ulrich remete para um mundo onde já não há acontecimentos mas apenas notícias, o que significa que o homem deixou de ter o poder de nele intervir.

António Guerreiro no “Expresso”

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Medina, Barreto & Cia. Irresponsável


O pessimista vê-se obrigado a inventar todos os dias novas razões para existir: é uma vítima do "sentido" da vida.

E.M.Cioran em Silogismos da Amargura

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vasco Pulido Valente e os Consensos


Consta por aí que não há consenso quanto à nomeação de Maria João Seixas para directora da Cinemateca.
Um perigo para a estabilidade da Nação.
Falta de carácter de Sócrates.
Não sabia que agora as nomeações tinham de ser consensuais.
Quer-me até parecer que as nomeações consensuais normalmente não prenunciam nada de bom.
Assim sendo, abram-se polémicas.
Abaixo o consenso.
Mais a mais quando a quebra do "consenso" vem de Vasco Pulido Valente de quem eu esperaria tudo menos desejos de consenso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Signo e Significado


A perseguição do signo em detrimento da coisa significada; a linguagem considerada como um fim em si mesma, como uma corrente da "realidade"; a mania verbal, mesmo nos filósofos;
a necessidade de renovação ao nível das aparências;caracteristicas de uma civilização em que a sintaxe leva a melhor sobre o absoluto e o gramático sobre o sábio.


E.M. Cioran em Silogismos da Amargura

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Olha Quem Fala!


O que me levou à crónica não foi a frase "a falta de carácter de Sócrates" — isso já eu tinha ouvido a vários e desprezei-a. Por exemplo, ouvi-a em António Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo, e não liguei, continuei a apreciar-lhe o que dele conheço (por minha culpa, certamente): o corte dos fatos. Já "a falta de carácter de Sócrates" dita por Marcelo indignou-me. Porque dita por Marcelo. Marcelo Rebelo de Sousa, até na sua vichyssoise, é mais do que a rasquice em que isto anda.’

A Transfiguração dos Amantes


O casamento não é fácil - e toda agente sabe que não é a procriação que o sustenta.
Demasiadas vezes, pelo contrário, a mimosa prole estoira com essa relação de carne e alma entre dois adultos.
Há gente para tudo, mas, em geral, o sexo não suporta a transfiguração dos amantes em papá e mamã.

Inês Pedrosa no Expresso

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Grande Ouvido


...A democracia presume-se moralmente superior.
Para combater o terrorimo não tortura.
Para combater a criminalidade violenta não assassina.
Para combater a corrupção não viola os direitos civis.
Por isso, a democracia só pode aceitar escutas se estas forem usadas para provar um crime concreto.
O interesse social que elas possam ter é irrelevante.
A minha inquietação é perceber que há, nos dias que correm, milhares de pessoas a serem escutadas. Num país que viveu meio século de ditadura era isto, e não a curiosidade dos portugueses, que devia preocupar qualquer amante de liberdade.
Este big brother que tudo ouve sem conseguir manter segredodo que ouve é um monstro perigoso.
E se ouve quem manda no Estado, imaginem o que fará com a arraia-miúda.


Daniel Oliveira no Expresso

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ruas Rotundas


Sócrates foi ao Congresso dos Munícipios anunciar a criação de 2000 estágios em colaboração com as autarquias.
Esqueceu-se que a grande maioria dos autarcas querem é rotundas e...fogo de artíficio.
E ainda falam em regionalização (qual?)!

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Erro de Sofia


Sofia Galvão, uma "girl" do PSD, com muitos e variados "tachos", também escreve no Expresso.
E, esta semana vem dizer-nos que "Não consta que José António Saraiva tenha ensandecido. E, num certo sentido, é pena. Se estivesse doido, talvez as conclusões possíveis acerca do país em que nos tornámos não fossem tão trágicas...".
Sofia para além de especular catástrofes, mente.
Na realidade há anos que consta o ensandecimento do arquitecto Saraiva.
Pelo menos desde que previu ganhar o Prémio Nobel da Literatura.

Obama, Bowling, Afeghanistan

António Jorge Gonçalves

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Indirecto Ao Não-Assunto

Robert Polidori


Hoje não consegui aguentar mais de dois minutos no programa da RTP-N com Joana Amaral Dias, Emídio Rangel e Carlos Abreu Amorim e "moderação" de João Adelino Faria.
E como este há ínumeros. fraquissimos, em todas as TVs e canais de notícias.
É caso para afirmar que são os efeitos preversos da comunicação social.
Não há pachorra!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Prazer de Voltar Ao Cinema







Disgrace, Andando e Tetro, três grandes! filmes