...A democracia presume-se moralmente superior.
Para combater o terrorimo não tortura.
Para combater a criminalidade violenta não assassina.
Para combater a corrupção não viola os direitos civis.
Por isso, a democracia só pode aceitar escutas se estas forem usadas para provar um crime concreto.
O interesse social que elas possam ter é irrelevante.
A minha inquietação é perceber que há, nos dias que correm, milhares de pessoas a serem escutadas. Num país que viveu meio século de ditadura era isto, e não a curiosidade dos portugueses, que devia preocupar qualquer amante de liberdade.
Este big brother que tudo ouve sem conseguir manter segredodo que ouve é um monstro perigoso.
E se ouve quem manda no Estado, imaginem o que fará com a arraia-miúda.
Daniel Oliveira no Expresso
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