domingo, 21 de outubro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

Crime Sem Redenção



Eugénio Lisboa, entrevistado por Anabela Mota Ribeiro, ontem, no Jornal de Negócios. Breves highlights de um texto que ocupa seis páginas. Sublinhados meus:

Estamos à beira de o país entrar num retrocesso de tal magnitude que nos faça voltar aos tempos da pobreza do Estado Novo.

É preciso que o Estado pense poliedricamente e não monoliticamente. A Europa começa a estar atenta de outra maneira à situação. É necessário um governo e um PM que vá falar como adulto para outros adultos, negociando condições aceitáveis de sobrevivência.

Que o ministro das Finanças seja um indivíduo teimoso — basta olhar para ele: tem aquele perfil de cera astral; não é deste mundo — é um dado da vida, a gente aceita. Mas naquele executivo não há gente sensata? Estão todos submetidos ao pseudo-cientifismo de Gaspar? Um cientifismo que mete água por todos os buracos.

A tragédia começou antes. Quando foi a escolha do líder do PSD, entre todos os candidatos terem escolhido o Passos Coelho. Era um menino do aparelho. Era o menino do Relvas.

Mais do que a destruição da vida material das pessoas, a destruição da esperança é um crime sem redenção
 
Eugénio Lisboa citado pelo blogue Da Literatura

Coisas dos States



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Que Nos Espera


De Portas Bem Fechadas

 
 
O CDS não irá votar contra o OE 2013. Portas engole mais uma travessa de sapos, invoca o patriotismo e o interesse nacional, faz mais umas piruetas e segue em frente, pensando que está a salvar o CDS do naufrágio.

Bastaria a PP olhar com atenção para os resultados eleitorais nos Açores, para perceber que o CDS pode estar em vias de extinção. Os portugueses já perceberam que os centristas, embora demonstrem mais sensibilidade social do que o PSD, são apenas um apêndice deste governo para lhe prolongar a agonia. Qual a razão para votar num partido que não serve para nada?

Portas poderá ser tentado a abandonar a coligação, garantindo apoio parlamentar a Passos Coelho e Vítor Gaspar ( não digo PSD, porque neste momento o grupo parlamentar laranja é apenas um clube de fãs do pote, incapaz de agir com consciência própria, obnubilados que estão os seus membros pela bandeira laranja) mas isso apenas contribuirá para prolongar o sofrimento dos portugueses e em nada mudará o seu sentido de voto, nem o castigo ao comportamento do CDS.

Paulo Portas está, neste momento, na mais terrível encruzilhada da sua carreira política. Constantemente humilhado por Gaspar e Coelho, reage com submissão ao enxovalho. A sua carreira política está a aproximar-se do fim. Cinicamente, foi o seu parceiro de coligação a passar-lhe a certidão de óbito. Ficará na História como um parênteses inútil. O seu bisavô Sacadura, pedigree da família pelos seus feitos, não se orgulhará dele, certamente. Um herói nacional nunca rejubilará por ter um descendente cobarde, que apenas lutou para salvar a sua pele.
 

Carlos Barbosa de Oliveira no blogue Crónicas do Rochedo

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Coincidências



«Podem e devem fazer-se esses sacrifícios?
Eu reputo-os imprescindíveis; direi mais, eles têm de fazer-se: a nós só compete escolher a forma de fazê-los. (...)
Mas não tenhamos ilusões; as reduções de serviços e despesas importam restrições na vida privada, sofrimentos, portanto. Teremos de sofrer em vencimentos diminuídos, em aumentos de impostos, em carestia de vida. Sacrifícios, e grandes, temos nós já feito até hoje, e infelizmente perdidos para a nossa salvação; façamo-los agora com finalidade definida, integrados em plano de conjunto, e serão sacrifícios salutares.
É a ascensão dolorosa dum calvário. Repito: é a ascensão dolorosa dum calvário. No cimo podem morrer os homens, mas redimem-se as pátrias!»

António de Oliveira Salazar, 9 de Junho de 1928
 
 
Joana Lopes no blogue Entre as Brumas da Memória

Auto Explicativo


Este Governo

Cristina Sampaio

Portugal dos Pequeninos

De novo, insisto, o espectáculo desta governação é penoso de se ver. Às segundas, terças, quartas, e sextas governa Vítor Gaspar. Deixei em aberto as quintas-feiras onde o tandem Passos-Relvas reúne um Conselho de Ministros sem alma, nem função, com ministros que o Primeiro-Ministro mandou dizer ao Expresso que estão a prazo curto. Na maioria dos casos vai pouco mais do que comentar medidas já anunciadas em conferências de imprensa do Ministro das Finanças. Vá lá, Passos governa às quintas. O fim-de-semana, Portas regressa do seu périplo e partilha os recados do Expresso com Passos e faz alguns estragos à coligação onde não participa nem de corpo inteiro. Deve lá deixar o chapéu da lavoura no lugar.

O resultado é a mais absurda governação à vista que é possível imaginar. Na segunda-feira (ou terça, tanto faz), Gaspar anuncia um “enorme aumento de impostos” e diz quais são e como são. Na quinta-feira, os ministros protestam e os que têm raízes no aparelho partidário previnem para a revolta de baixo. Entretanto Portas e o CDS passaram a semana a contorcer-se todos. Começa-se logo a pensar mudar as medidas que segunda-feira tinham sido anunciadas, “abrandando-as”, “mitigando-as”, adiando-as, descobrindo que afinal não vai ser preciso tanta “enormidade” porque sempre se pode cortar mais no estado, ou seja disparar de novo sobre os funcionários públicos. A governação, uso a palavra por caridade, torna-se de plasticina, responde a ameaças (de Portas), rumores (dos ministros), ao medo da rua e das greves, ao descontentamento partidário (veja-se os Açores), e aos comentários, aos jornais e aos blogues. Num certo sentido é natural: responde àquilo que a fez no seu topo, àquilo que basta para liderar uma organização partidária em plena partidocracia institucionalizada, mas que não chega, nem de perto nem de longe para governar um país em crise.
Já ouviram falar do Princípio de Peter?
Nota actual: o que se está a passar com o Orçamento de Estado nunca foi visto em democracia: um Orçamento feito na rua e nos jornais, com fugas, umas deliberadas, outras não, com "balões de ensaio" para ver no que dá, com anúncios absurdos e irresponsáveis de violentos, seguidos de pequenas moderações para enganar, com alvos genéricos e, quando a coisa corre mal, mais pancada na função pública. Se é deliberado, tipo pau seguido de cenoura para esconder o pau que fica, coloca o governo ao nível de um mau assessor de comunicação, a fazer truques de marketing. Para isso há melhores profissionais fora de Portugal que podem ser contratados.

Só este triste espectáculo devia levar o Presidente a pôr alguma ordem nesta trapalhada ambulante, ridícula e perigosa ao mesmo tempo.

Pacheco Pereira na Sábado (retirado do blogue Abrupto)

Um Circo Valente



«Pedro Passos Coelho permitiu que um conflito entre o CDS e um ministro, sem experiência e que, ainda por cima, mal conhece Portugal, se transformasse numa polémica pública e notória. Pior do que isso: ele próprio, com o sr. Relvas, o seu criado para todo o serviço, não hesitou em participar no exercício em plena Assembleia da República, num acto suicida e estúpido, a que só a sua imaturidade e um cego sectarismo o poderiam ter levado. [...] O circo invadiu o Estado até ao Conselho de Ministros, para tranquilidade e deleite de Passos Coelho, que manifestamente não percebeu (e não sei se perceberá) o desprezo e o descrédito em que ia pouco a pouco ia caindo

Vasco Pulido Valente no Público (retirado do blogue Da Literatura)

sábado, 13 de outubro de 2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Instigações

 
Se o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, ao invés de ter investido o seu precioso tempo na leitura de livros raros, e com edições limitadas para coleccionadores, se tivesse antes dedicado a ler, estudar, e aprender História, saberia, de ...
certeza, certezinha, que as pessoas não são instigadas a coisa nenhuma – além do insulto à inteligência das pessoas subjacente no comentário, as pessoas revoltam-se e rebelam-se contra as injustiças. Foi assim com a Guerra dos Camponeses na Alemanha de 1524, foi assim nos Estados Unidos da América na Chicago de 1886, foi assim com a Revolta de Berlim na então RDA em 1953, foi assim em Timor-Leste desde 1975 até 2012, só para citar alguns exemplos. Mas não há nada a fazer, burro que já nasceu velho não aprende línguas.

 [Imagem "I Am a Man March, Sanitations Workers Strike", Memphis,March 28, 1968, Ernest Withers]

 Do blogue Der Terrorist

Ministros Em Reunião


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Um Governo de Passos Atrás



“… À volta de Passos Coelho há três tipos de homens que revelam a natureza deste governo: os Relvas, os Gaspares e os Borges. Os primeiros, também Sócrates os tinha em fartura: espertalhões para quem a política é apenas um meio para ganhar algum. Os segundos, pensam através de modelos teóricos e apenas aspiram à harmonia formal das suas teses…Os terceiros pertencem a uma nova élite com a qual as democracias, ainda baseadas no estado-nação, não sabem lidar. É gente sem raízes. São uma élite financeira sem pertença a uma pátria ou uma classe, sem qualquer sentido de utilidade produtiva que caracterizava os velhos capitalistas industriais, sem outra ética que não seja a do imperativo do lucro rápido e predador.
São estes três tipos de “políticos” que rodeiam um rapaz sem arcaboiço para governar. E que transformaram este governo, não apenas no pior que a nossa democracia conheceu, mas no primeiro indiscutivelmente antipatriótico. O único que conseguiu despertar em mim dois sentimentos que desconhecia: o patriotismo e algum respeito pelo mal-amado Sócrates. No que ao meu caso diz respeito, são dois feitos assinaláveis.”

“Do Patriotismo” (excerto), Daniel Oliveira no Expresso

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Isso É Marketing, Estúpido!


Vergonha!



" Há quem ache que o facto de os membros do Governo evitarem aparecer em actos públicos ou de, quando aparecem, se esconderem até ao último minuto atrás de uma cortina para depois saírem rapidamente por uma porta lateral à qual está encostado o carro oficial se deve ao facto de terem medo de ser vaiados, insultados, humilhados, agredidos com fruta madura ou mesmo despenteados por populares em fúria. Penso que nada é mais falso. Por muita distância que haja entre este Governo e os cidadãos, por muito que o Governo tenha assumido como seu objectivo central a destruição dos direitos dos cidadãos e o seu empobrecimento, por muito que o Governo diga estar preocupado com o desemprego quando esse é o seu objectivo principal para poder forçar a descida dos salários, precisamos de nos lembrar que os membros do Governo são seres humanos, que possuem um resto de auto-estima. Se se escondem e evitam actos oficiais públicos fora dos ministérios isso não se deve ao facto de terem medo. Deve-se ao facto de saberem que temos vergonha deles.’


José Vitor Malheiros no Público (excerto)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eles Estão Aí, Numa Televisão Perto de Si!


“…Em Portugal, os governantes sempre gostaram de subsidiar as empresas. E estas de ser subsidiadas, são raros os “senadores” que não tiveram sinecuras em alguma das grandes empresas do regime, ou em algumas instituições públicas ou semipúblicas
 onde os salários não estão limitados pelo desagradável tecto imposto aos ministros.

 É por estas e muitas outras que tenho cada vez menos tolerância para os conselhos de sapiência de “senadores” que no passado criaram rendas e hoje dizem que temos de acabar com elas; que querem cortar nas despesas públicas mas não só nunca o fizeram como, nalguns casos, beneficiam de pensões superiores 10 mil euros mensais; que foram incapazes de fazer reformas decentes, do arrendamento à lei do trabalho, e agora continuam a criticar as reformas; que inventaram e encheram o país de PPP mas agora estão muito preocupados com a corrupção; que pedem cortes na despesa mas só sabem referir as viagens e as ajudas de custo.

 …Muita dessa gente tem hoje cabelos brancos e continua a achar que devia estar no Governo, como se fosse um qualquer direito divino que lhe assistisse. Até o vai dizer a programas de televisão…”

José Manuel Fernandes no Público

Novas Orientações


domingo, 7 de outubro de 2012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Arcebispo de Cantuária


 
Se estiver numa livraria e não souber o que comprar, Lev Tolstoi.
Quando se inventaram os primeiros ponteiros dos relógios, já eram os segundos.
 Se ouvires duas vezes seguidas a "Era um Redondo Vocábulo" do Zeca, aparece o   Fernando Mendes

 Quando menos se esperava, a Guilhermina Suggia.
 
Do blogue Arcebispo de Cantuária

terça-feira, 2 de outubro de 2012

segunda-feira, 1 de outubro de 2012