Deixemo-nos de hipocrisias. O Ministério do Ambiente não serve para nada. Havendo coragem politica para extinguir esta estrtutura o Estado pouparia muito dinheiro contribuindo assim para a redução do deficit e para o emagrecimento da máquina burocrático-administrativa.
O Governo suspende Planos Directores Minicipais para, ao arrepio de qualquer lógica, aprovar investimentos gravosos para o ambiente e ordenamento, o mesmo sucedendo com os novos PINs, expediente "vivaço" para tornear a "chatice" das leis.
Do investimento da Pescanova à Secil no Outão, da Sonae em Tróia ao Espirito Santo na Comporta, dos megalómanos "investimentos" no litoral Alentejano à continuação da barbárie no Algarve, aproximamo-nos a passos largos da destruição do nosso litoral. Acresce a falta de coragem para a demolição de clandestinos de que o exemplo paradigmático é a Fonte da Telha, há mais de dez anos num estado vergonhoso.
E não me venham com a história dos estudos de impacto ambiental pois estes também se "martelam" como há dezenas de anos se "martelam" estudos de viabilidade económica de investimentos publicos, publico-privados e privados se for o Estado a acabar por pagá-los de forma indirecta.
Helena Matos,hoje no Publico, refere que " Há anos que se vive à espera que o fim dos contratos e dos direitos da Secil ponham fim à exploração naquele local ( Arrábida). Mas não é isso que acontece. O contrato foi novamente prolongado. O Ambiente e o Ordenamento do Território em Portugal são isto : a Secil esventra a Arrábida mas os comuns mortais andam anos de papel na mão para fazer a mais simples obra ou arranjo paisagistico nas suas casas. Na Costa Alentejana, terrenos em que, oficialmente, por causa do ambiente não se podia construir nada nem cortar uma árvore ganharam agora o selo PIN, valorizaram como se fossem prémio de casino e vão encher-se hóteis e campos de golfe. De luxo, claro. De politica que deveria assegurar a qualidade de vida o ambiente tornou-se numa forma de permitir a alguns o que oficialmente se nega a todos"
Sócrates foi ministro do Ambiente, conhece a casa. Do actual ministro que dizem poder sê-lo igualmente dum governo PSD, já que até foi chefe de gabinete de Teresa Gouveia quando esta esteve na pasta do Ambiente, também não será por ignorância dos meandros do Ministério.
Assim , estaremos a assistir a uma politica deliberada anti- Ambiente e anti-Ordenamento.
Haja pois coragem de extinguir o Ministério!
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