Vale a pena ler, na íntegra, o editorial de Pedro Guerreiro no Jornal de Negócios de hoje, de que aqui reproduzo um extracto:
"Ouve-se e não se acredita: quando o então governador do Banco de Portugal, António de Sousa, atribuiu uma licença a João Rendeiro para abrir o BPP, fê-lo "contrariado". De repente, tudo fica claro sobre a supervisão em Portugal: não é incompetente, é impotente. Que pena a Comissão de Inquérito Parlamentar já ter acabado..."A primeira entrevista do novo presidente da Associação Portuguesa de Bancos, à SIC, é a peça que faltava no "puzzle". Vale a pena citar a frase: o BPP "nunca foi um banco, nem nunca deveria ter sido. Infelizmente, o Banco de Portugal não pôde evitar dar a licença que é obrigatória por lei"."Repare: o governador estava contra a licença mas teve de dá-la por pressão dos accionistas do BPP e dos seus advogados. Tentou, debalde, persuadi-los para que, em vez de um banco, criassem uma gestora de patrimónios. E como não pôde, não soube, ou não quis contrariar a contrariedade, pôs cinto e suspensórios pedindo que escrevessem uma carta onde davam a promessa pessoal de que não iriam gerir o banco orientando-o para os depósitos."
"Ouve-se e não se acredita: quando o então governador do Banco de Portugal, António de Sousa, atribuiu uma licença a João Rendeiro para abrir o BPP, fê-lo "contrariado". De repente, tudo fica claro sobre a supervisão em Portugal: não é incompetente, é impotente. Que pena a Comissão de Inquérito Parlamentar já ter acabado..."A primeira entrevista do novo presidente da Associação Portuguesa de Bancos, à SIC, é a peça que faltava no "puzzle". Vale a pena citar a frase: o BPP "nunca foi um banco, nem nunca deveria ter sido. Infelizmente, o Banco de Portugal não pôde evitar dar a licença que é obrigatória por lei"."Repare: o governador estava contra a licença mas teve de dá-la por pressão dos accionistas do BPP e dos seus advogados. Tentou, debalde, persuadi-los para que, em vez de um banco, criassem uma gestora de patrimónios. E como não pôde, não soube, ou não quis contrariar a contrariedade, pôs cinto e suspensórios pedindo que escrevessem uma carta onde davam a promessa pessoal de que não iriam gerir o banco orientando-o para os depósitos."
João Pinto e Castro no Jugular
Sem comentários:
Enviar um comentário