sexta-feira, 14 de maio de 2010

Vila Velha

Manuel Vilaverde Cabral, conhecido nos velhos tempos de juventude pelo seu esquerdismo rendeu-se agora aos encantos do "mediatismo".
Não sei se pelos proventos diretos ou indiretos que daí lhe podem advir se pela "vã glória" de aparecer nos écrans.
O que é certo é que aparece muito e mal.
Rendido áquilo que os patrões dos canais esperam dele ou àquilo que pensa serem os desejos das audiências-alvo a quem se dirige.
E o registo é sempre de piscadela de olho a qualquer oposição.
Numa mistura de direitismo e esquerdismo.
Sempre contra o PS e Sócrates.
Não é que o PS e Sócrates não mereçam critica, contudo nem menor nem maior que a qualquer governo anterior desde 1974.
Vilaverde exagera, excita-se, ralha, esganiça-se e socorre-se de meias-verdades ou meias- mentiras para levar a água ao seu moinho.
Ainda esta manhã num debate que, como agora se usa, não passa de amontoado de monólogos promocionais ou de mera propaganda dos seus participantes, o historiador dizia que o governo tinha sido oportunista ao anunciar um agravamento das medidas de austeridade num dia em que o Papa visitava o país.
Esquece-se  que Espanha tinha anunciado medidas ainda mais gravosas no dia anterior.
Esquece-se que tudo isto apareceu na sequência de reuniões havidas dias antes em Bruxelas.
Esquece-se que fomos forçados a esta medidas quando o mesmo já havia acontecido na Irlanda e Grécia.
Esquece-se que quem impôs as medidas foram os todo-poderosos mercados .
Esquece-se que estes mercados são os patrões na área politico/económica onde estamos inseridos.
Esquece-se que dificilmente teríamos outra alternativa.
Esquece-se que a alternativa soviética já deu o que tinha a dar.
Esquece-se que a alternativa China não é recomendável, pelo menos para o "povo".
Esquece-se...
Esquece-se...
Será da (senil)idade?

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