(...) estamos perante um caso em que, manifestamente, mais do que dissecar o disparate dito pelos procuradores, havia que perceber as razões que os motivaram a incluí-lo no despacho. Porque de uma coisa estou convicto: a lenga-lenga do gostaria- de-ter-ouvido-mas não-ouvi-porque-não-me-deram-tempo é tudo menos inocente.
Obviamente que penso que o local certo para prestarem, os procuradores, os esclarecimentos sobre as razões que os levaram a incluir no despacho afirmações totalmente desprovidas de lógica, mas que deixam no ar uma insinuação que sabem que vai afectar (e, por isso, pretendem afectar) a honra de um cidadão que é Primeiro Ministro de Portugal, será um processo disciplinar. É que quando os procuradores dizem, no despacho, que ao fim de seis anos não houve tempo para ouvir Sócrates e o então Secretário de Estado, isso revela, ou a mais completa incompetência, que deve ser, enquanto tal, sancionada, ou, muito mais grave, uma intolerável tentativa de intromissão no combate político (para utilizar um eufemismo).
No Câmara Corporativa
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