Posto de Gasolina
Poiso a mão vagarosa no capot dos carros como se afagasse a crina dum cavalo.
Vêm mortos de sede. Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa.
Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco. Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?
1 comentário:
Muito bonito, que poético, nunca imaginei que uma bomba de gasolina pudesse ser tão lírica.
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