"Consideremos como uma menção de Cavaco aos salários dos executivos de empresas foi recebida em Portugal.
... A reacção generalizada foi resumida pelo Jornal de Negócios assim "Falar em desproporção salarial é "ceder à demagogia". Reparem bem , não é fazer algo. Não é pensar em fazer. È simplesmente falar do assunto. Ou, como fez o Presidente, "interrogar-se" sobre se seria "justificada" a diferença entre os salários dos administradores e os dos colaboradores.
Temos às vezes a impressão errada de que a maioria da opinião publicada em Portugal é conservadora. Infelizmente é pior que isso: limita-se a ser uma reacção instintiva de protecção do "Statu quo".
...Pergunto-me se não deveriamos antes contratar gestores alemães, que ganham menos e não consta que sejam piores nem mais vigaristas. Mas não quero ser populista nem demagógico. Eu sei que nos EUA toda a gente faz este debate. Na Alemanha o Governo conservador de Angela Merkel fala em intervir para tabelar os salários dos gestores. Mas em Portugal é melhor nem nos interrogarmos : é insólito."
Excerto do texto de Rui Tavares no Público de hoje, finalmente livre de Helena Matos.
Não sei as razões mas saúdo!
Era péssima companhia.
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