domingo, 1 de junho de 2008

Maio e a Crise de Um Homem Culto (III)


José Pacheco Pereira nos últimos anos, tem andado a fazer o papel do cego das tragédias gregas em relação ao seu partido. De vez em quando lá condescendia a fazer de coro, mas, no essencial, foi o cego. Não tem mais condições para continuar refastelado neste ethos. Pacheco foi um dos "autores morais" da candidatura da actual presidente "laranja". Por consequência, deve apresentar-se agora como um militante exemplar, disposto a servir a senhora e o partido no "terreno", sem floreados. Já não basta a grandiloquência e a facilidade da aparição mediática. O PSD não pode deixar de estar "refém" de determinados caciques para passar a estar de outros. A plateia que assistiu à entronização de Ferreira Leite metia medo ao susto. O lugar na primeira fila, ocupado por Pacheco ao lado de Luís Arnaut, a duas de António Preto e Helena Lopes da Costa por entre figuras vindas directamente do jazigo de família, confere-lhe uma especial responsabilidade. Não nos desiluda.

Copiado do Portugal dos Pequeninos. Com o pedido de desculpas a João Gonçalves pela maçada.

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