terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Política da Verdade

Fotomontagem retirada do Correio Preto

Asfixia a la carte

Cito Manuela Ferreira Leite: “seria inaceitável não vir à Madeira que é um exemplo típico um bastião inamovível do PSD, que é um exemplo do bom governo do PSD, é o local do continente e das ilhas, de todo o Portugal, em que a política social-democrata tem mais efeitos visíveis no que é o êxito, o progresso o desenvolvimento e bem-estar das pessoas“. A líder do PSD rejeitou a crítica de que existe “asfixia democrática” neste arquipélago, argumentando que “quem legitima o poder é o voto do povo e não está ninguém aqui por imposição, é em resultado dos votos“. “Acho que há asfixia democrática no continente“, adiantou.
Cada tiro, cada melro. Interessa-me em particular a definição de asfixia democrática. Reparem bem: só há asfixia democrática se o poder não foi legitimado pelo voto. Os votos é que contam e determinam se existe ou não asfixia democrática. Como Alberto João Jardim foi eleito democraticamente, logo não há asfixia democrática. Enfim, não vamos discutir a bondade desta tese. Por uma razão muito simples. Esta regra só é válida para a Madeira. No continente que se lixe o voto. No continente existe asfixia democrática, ponto. O voto não interessa. O que interessa é a opinião das pessoas e nada mais.
Querem uma visão mais instrumental da asfixia democrática? Um exemplo mais escandaloso de double standards? Isto é para levar a sério?

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