quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Gripe Suína"

António Jorge Gonçalves

Um País de Tavares - Ricos, Pobres e Pobres de Espírito


Há um tipo – que tem o mesmo apelido que eu e escreve semanalmente no “DN”, onde se especializou na ofensa fácil – que escreveu que Sócrates falar de moral é o mesmo que Cicciolina falar de virtude, ou coisa que o valha. O cidadão José Sócrates, sentindo-se ofendido ( como qualquer um de nós se sentiria), põe um processo ao ofensor. Tem esse direito? Não: é o primeiro-ministro a intimidar um “jornalista”. E o “jornalista” vira mártir da liberdade de imprens na praç pública. Fala-se em “ameaças intoleráveis”, da liberdade em risco, da heróica e antiquíssima luta da imprensa contra o poder, do “jornalismo de investigação” contra pressões políticas.
Liberdade? De imprensa? Ora, vão pastar caracóis para o Sara! Eles sabem lá o que é a liberdade!Sabem lá o que isso custa a ganhar!


Miguel Sousa Tavares no Expresso



«Ao invés, se fizesse o trabalho de casa, certamente perceberia que entre si e aqui o tipo especialista "em ofensa fácil" não há assim tantas diferenças sobre o entendimento do caso Freeport, tirando a parte das suas "convicções pessoais". Mas sabe como é: eu não conheço o primeiro-ministro, janto poucas vezes fora de casa e não tenho companheiros de caça. Parecendo que não, isso ajuda a não ter tantas "convicções pessoais". E quanto a ir pastar caracóis para o Sara, seria um óptimo programa não fosse correr o risco de dar de caras consigo numa daquelas expedições pelo deserto. Por mais estranho que lhe possa parecer, nós dois juntos numa duna não é um dos sonhos da minha vida”


João Miguel Tavares no Diário de Notícias citado pelo Jumento

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Saloia Veste Prada


Judite de Sousa terá dito ao Notícias TV que " (José Sócrates) devia ser mais espontâneo, mais verdadeiro.Devia ser mais Obama.".
Seria para admirar nesta gente se não viesse a referência a Obama.
Mas afinal que sabe ela sobre Obama, sobre as suas reais caracteristicas ou sobre a fabulosa campanha de marketing que está por detrás da personagem?
E quem lhe pediu para dar conselhos a Sócrates?
Acaso pretende ser sua conselheira de imagem?
Mas isto não passa de gato escondido com rabo de fora.
A entrevitadora-cortiça da RTP ( os governos passam e Judite fica, sempre) não terá ficado contente com o modo como o primeiro-ministro a tratou durante a entrevista.
Pensando-o fragilizado, pelo Freeport e pelas privadas ,Judite pensou juntar-se à festa!
E fazia o gosto à laranja familiar.
Para rematar vem embrulhar tudo no Notícias TV
Disfarça a tarefa suja com um embrulho bem na moda.
Obama serviu.




O Evangelho Segundo S.Pacheco (Pereira)...


... S.Cintra (Torres) e suas enunciações em prol de projectos jornalisticos tipo-TVI.

"O género evangélico é performativo- para utilizar os termos de Austin : a enunciação cria a verdade. Os relatos testamentários pouco se interessam com a verdade, o verosímil, o verdadeiro. Em contrapartida, eles revelam um poder da linguagem que, ao afirmar, cria aquilo que enuncia...

...Os evangelistas desprezam a História. A sua opção apologética permite-lhes isso. Não é necessário que as histórias tenham ocorrido efectivamente, não há qualquer utilidade na coicindência do real com a formulação e a respectiva narração, basta que o discurso produza o seu efeito: converter o leitor, conquistar a sua aquiescência sobre a figura do personagem e a sua doutrina...

Todos conferem realidade a uma ficção. Acreditando na fábula que contam, assim lhe vão dando consistência. A prova da existência de uma verdade reduz-se muitas vezes à soma dos erros repetidos e um dia convertidos em verdade conveniente...Os evangelistas criam uma verdade,pisando e repisando ficções.


Miche Onfray em Tratado de Ateologia

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Escândalo


QUATRO MILHÕES de desempregados.

17,36% da população activa.

17,36% da população activa.
Um escândalo num dos países que sempre nos foram apontados como modelares.

E Aznar e Zapatero como verdadeiros líderes.

Uma pena não ser em Portugal, não é seus patriotas?

Mas é em ESPANHA!

Jornalista, Inocente e Muito Bem Educada



Ferreira Fernandes, Crise não afecta a falta de chá, hoje no Diário de Notícias:

«Estava José Sócrates numa situação pública quando uma jornalista se aproximou: “Posso?”, disse ela. Respondeu Sócrates: “Claro, eu não mordo.” E ela: “Não morde, mas rosna. E às vezes rosna muito.”A história foi contada, no domingo, pelo jornal Público. Temos, assim, que uma jornalista, no exercício das suas funções, disse a alguém sobre quem escrevia: “Você rosna.” Tenho a dizer o seguinte: está tudo maluco. Ao almirante Pinheiro de Azevedo irritava-o ser sequestrado; a mim é mais conversas parvas. Engalinham-me. Eu sei que é remar contra a maré mas, pronto, não gosto. Sócrates, a alguém que pediu para se aproximar, respondeu: “Claro, eu não mordo.” E podia responder. A frase é coloquial e, até, amigável. A isso a jornalista respondeu: “Não morde, mas rosna. E às vezes rosna muito.” E, não, não podia responder. Nenhuma jornalista (como jornalista, isto é, a trabalhar) pode falar assim a um primeiro-ministro. E como o hábito de desconversar já está arreigado, explicito o que digo: nenhum notário (enquanto notário) pode falar assim a um mecânico. Perceberam?»

Citação de Eduardo Pitta no Da Literatura

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Visão Retrospectiva Em Vasco Pulido Valente


É pena que VPV só acerte retrospectivamente mas, mais vale tarde que nunca.
E, por vezes, o homem até o reconhece.
Como aconteceu no Público de 25 de Abril.
Corajoso, nem teve medo de morder a mão do patrão Fernandes.
E sublinhar as indignidades e torpezas de muitos que ainda andam por aí pelos telejornais a arredondar carreiras e reformas.
Cito um excerto notável:
“Hoje, retrospectivamente, fico espantado como não vi tudo desde a chegada de Cunhal. A chegada de Cunhal à Portela pretendeu imitar – e até certo ponto conseguiu – a chegada de Lenine à estação da Finlândia, quando Lenine veio do exílio para meter os “bolcheviques” (que nessa altura tendiam para um compromisso com o regime “burguês”) no caminho “correcto”. Em Portugal o caminho “correcto” incitou a “intelectualidade” da época e as classes ditas “dirigentes” do capitalismo a cenas de uma inimaginável indignidade e torpeza. Gente que depois serviu com respeitinho e zelo o PS e o PSD ou anda agora aí revestida de uma estranha virtude democrática, jurava pela emancipação do povo “democrático” e desprezava com vigor “o agente do subimperialismo alemão”, Mário Soares. "

(sublinhados meus)

Mas Porque É Que Me Fui Logo Lembrar de Certo Canal de TV?



“Bem dizia um amigo do meu Pai, tentando justificar-se ao Pai dele : mas Pai, não são putas, são espanholas...”

Comentário a um “post” de Shiznogud no Womenage a Trois

domingo, 26 de abril de 2009

Os Perfeitos Abjectos


Referências

Uma «direita» que usa como referência Manuela Moura Guedes e Eduardo Cintra Torres está à beira do abismo

Tomás Vasques no Hoje Há Conquilhas

O Romance Mais Aguardado do Ano


Aqui há uns anos assisti ao espanto dum ex-ministro da Cultura quando, na Bertrand do Chiado, deu com um livro de Maria Vieira.
Mas esta mulher também já escreve, perguntou, perplexo, ao seu acompanhante.
Assim fiquei eu, há dias ao deparar com um livro em cuja capa se podia ler ser aquele “o romance mais aguardado do ano”.
Da autoria de Júlia Pinheiro.
Então percebi o projecto mediático de Moniz
Travestimo,Mentiras e Videos.
E também livros, por via das sinergias!

sábado, 25 de abril de 2009

Era um redondo vocábulo | José Afonso ao vivo no Coliseu

O Portugal Futuro

Quim Castilho

O Portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possivél
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
Portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o Portugal futuro

Ruy Belo em Homem de Palavra(s) 1970

Miguel Bombarda












Panóptico antes do tempo.

Post dedicado a José Pacheco Pereira no dia 25 de Abril de 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Um Recuo Disssimulado?Repita S.F.F.!


Há aqui uma questão sensível que é saber o que chamar a José Sócrates neste caso. Arguido, ele não é. Suspeito, também nos disseram que não. Testemunha, ainda não foi. Envolvido, parece um bocado mal. O melhor é chamar-lhe alguém-vagamente-relacionado-com-o-caso Freeport."
João Miguel Tavares (08/04/2009)


A Coerência de Sua Eminência


Já todos já sabemos que D. José Policarpo terá afirmado que os preservativos são falíveis.
Como não li todo o texto não sei se daí terá tirado conclusões ou se seguiu a politica do toca e foge.
Será que deixou que o pessoal tirasse a conclusão que, assim sendo, não valeria a pena usá-lo, quando é fiável em cerca de 98% dos casos?
Mas duma coisa não podemos acusar o cardeal – coerência.
Ele próprio, grande fumador, parece que ainda não deixou de o ser.
É que o cancro acaba por não ser fiável para TODOS os fumadores!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vinte B.I.'s *


Barco Italiano
Boca Imunda
Bicha Irresponsável
Boneca Inglesa
Bomba Inteligente
Bamboleio Imaginativo
Bardo Improvável
Branquinho Incontinente
Balança Irregular
Bombeiro Incendiário
Bombista Inocentado
Brilhante Instrução
Benévola Intenção
Bloqueio Inusitado
Barreiro Industrial
Barba Irregular
Berro Intenso
Biltre Incompetente
Beja Interior
Banco Ilegal

* Para uso do Sr.Coimbra, do jornal Sol, do BPN, do PSD(MFL) e também pelas famosas fontes de Belém.


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Infalível Só Mesmo Nosso Senhor

Jan Saudek

O Cardeal Patriarca de Lisboa diz que o preservativo “é um meio falível”, apoiando a leitura de Bento XVI. E tem razão, não há volta a dar-lhe. O preservativo é um meio falível. Certo, reduz em mais de 98 por cento as chances de contrair uma doença mortal, mas é falível. D. José Policarpo é um homem sensato. Simplesmente, em abono da verdade, devia também dizer que a fidelidade ou a castidade são meios ainda mais falíveis.
Fico à espera.

Rui Zink no Rui Zink Versos Livro

terça-feira, 21 de abril de 2009

Quem Terá Sujado As Mãos?


Presidente da República falou de «empresários submissos ao poder político» e apelou à responsabilidade social dos gestores. (LER)
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Corajosa atitude, daquelas que se costuma associar aos murinos quando a escuna adorna (ou aderna).Já agora, por cá gostávamos de saber:

a) Quem é que lhe terá financiado as campanhas eleitorais em que andou metido todos estes anos – já que, aparentemente, não foi nenhum «empresário submisso»…

b) A que instituição bancária, repleta de «empresários submissos», terá ele andado associado, no hiato que medeia entre a saída de São Bento e o ingresso em Belém…

Copiado do Jansenista

Cacicagens


As corporações de Bombeiros deveriam deixar o obscuro estatuto de voluntariado e passarem a ser tutelados pelos municípios.
Com um processo qualquer de “tutela” e coordenação nacional.
É um desperdício de recursos públicos deixar esta actividade ao sabor das vaidades, incapacidades de gestão e venalidades de pequenos e médios caciques locais.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não Há Coincidências

Quem se mete com as ordens, leva

Nos últimos tempos, um dos momentos altos do “jornalismo” de “investigação” foi quando, logo pela manhã, o Correio da Manhã publicou uma notícia sobre a compra de uma casa pela mãe de Sócrates, para, depois, à noite, o noticiário da SIC compôr a notícia, acrescentando mais qualquer coisa. Na altura achei uma estranha coincidência. A menos que dois jornalistas se tivessem lembrado de ir ao encalço de uma notícia semelhante e lhes tivesse ocorrido torná-la pública no mesmo dia, havia qualquer coisa que não batia certo. Era um Sábado, os notários deveriam estar fechados, pelo que dificilmente um jornalista da SIC poderia “investigar” a deixa do colega do CM. Hoje, o Público revela-nos como foi feita a investigação: “a Ordem dos Notários (ON) enviou no início do ano uma mensagem de correio electrónico aos profissionais responsáveis pelos mais de 400 cartórios notariais do país a pedir informações sobre as escrituras públicas em que intervieram o primeiro-ministro, José Sócrates, e a sua mãe”. Não há grande volta a dar. Trata-se da Ordem que representa uma classe profissional que detinha um monopólio e que deixou de o deter. Aliás, a Senhora Bastonária não esconde ao que vem: “as pessoas não se podem esquecer que os notários possuem arquivos públicos e o primeiro-ministro é um cidadão como outro qualquer. A partir de agora, com a possibilidade de os advogados fazerem muitos actos que antes exigiam escritura pública por documento particular autenticado, os papéis não vão estar tão acessíveis. É que os arquivos dos senhores advogados não são públicos". Moral da história: metam-se com as ordens e já sabem, levam. Para pressões, não estamos mal.

Pedro Adão e Silva no Léxico Familiar

Autoridades Competentes

David LaChapelle

“Senhor agente, a minha primeira intenção era, de facto, a de participar o ocorrido à polícia. Mas depois disseram-me que teria de o participar às autoridades competentes.”

Confucio Costa no Aspirina-B

Automóveis Topo de Gama Para o Parlamento







IPSS Ineficiência e Corrupção


Já faz parte do politicamente correcto admitir que os serviços públicos são ineficientes e mal geridos.
Muitos dos que não se cansam em sublinhar estes factos são apologistas do privado e, designadamente na saúde e educação, das chamadas instituições particulares de solidariedade social.
O problema é que estas instituições, são, na generalidade, tanto ou mais mal geridas que as públicas.
Por lá grassam o sub-emprego, a exploração dos recursos humanos, a corrupção e a ineficácia.
Não tenho dúvidas que, na maioria dos casos, é um fartar vilanagem!

domingo, 19 de abril de 2009

Bert Teunissen - Domestic Landscapes (Portugal)











Absolutamente Insuspeito


• António Barreto, Justiça malparada (Público):
«Todos estes processos acabaram por se metamorfosear em questões da justiça, sendo cada vez mais irrelevante a matéria substantiva.

O protagonismo de magistrados e polícias e os atropelos de processo ganharam importância e é disso que se discute, não a matéria em apreço.

Foram "pressões" conhecidas ou suspeitas; fugas de informação deliberadas e dirigidas; quebras estratégicas de segredo de justiça; técnicas de investigação estapafúrdias; métodos de interrogação e investigação vergonhosos; e acusações públicas entre os operadores de justiça. Mau grado os milhares de casos resolvidos todos os dias, são os processos "pesados" (pelo dinheiro, pela política, pelo gosto da imprensa ou pelos nomes envolvidos) que dão à justiça portuguesa este carácter de ópera bufa que lhe faz a sua reputação.

Os magistrados e os polícias falam de mais em público e, quando podem e querem, criam polémicas que afectam a segurança e a certeza da justiça. (…) Os corpos profissionais da justiça organizam-se para se combaterem, mas também, quando é preciso, para afrontarem a sociedade e o Estado.

As recentes cerimónias de posse dos presidentes dos sindicatos de magistrados judiciais e do ministério público (que não deveriam existir) são autênticos rituais de Estado e poder.

Estes sindicatos, aliás, metem o nariz onde não devem e ocupam-se mais de política geral e de política de justiça do que do próprio do sindicalismo, isto é, das questões profissionais e laborais. Alguns dirigentes sindicais chegam a ter influência em processos em curso!

A porosidade entre tribunais superiores, conselhos superiores e sindicatos é assustadora.

A Procuradoria-Geral da República é, há vários anos, um problema real da justiça portuguesa.(…)A distinção, para efeitos de corrupção, entre actos lícitos e ilícitos é uma caricatura e destina-se a salvaguardar as causas verdadeiras da corrupção mais poderosa e eficaz, a que, a coberto da licitude, envenena o país e a sociedade.

Há leis suficientes para julgar e punir os crimes de evasão fiscal, de fraude, de corrupção e até de enriquecimento estranho.

Mas não há processo, tribunais, polícias e magistrados à altura.

Por isso se fazem novas leis. Por isso não se cumprirão.Estudos de opinião recentemente publicados (na Visão, por exemplo) mostram a terrível percepção que os portugueses têm da justiça. Num caso, consideram a inoperância do sistema como uma das principais ameaças à liberdade. Noutro, colocam os magistrados, numa escala de respeito, nas mais baixas posições. Há vinte ou trinta anos, estavam entre os mais reputados. Hoje, são quase desprezados. Acima deles, muito longe, médicos, professores, advogados, engenheiros, polícias e até jornalistas! Abaixo deles, só ministros e deputados!»


sábado, 18 de abril de 2009

As Rupturas Leiteiras Segundo Outros Santos


Na sua ânsia mistificadora São José Almeida quer "vender-nos" o discurso de Leite e apoiantes.
Só que o discurso nunca correspondeu à prática politica.
Antes pelo contrário. A prática tem sido, como seria de esperar, de absoluta continuidade do populismo mais demagógico e rasteiro.
Para não falarmos das "manobras"clandestinas.
Nunca pensei que S.J. Almeida a "ex-esquerdista" da Rua Viriato acabasse a descer tão baixo.
E quanto nós "torcemos" (velhos tempos) para que não fosse despedida por Fernandes?
É a vida!



São José e o Menino Vasco


“(…) esta escolha [a de Paulo Rangel] indicia um frontal desejo de clivagem na forma de fazer política em Portugal, por parte de Manuela Ferreira Leite, não sendo este um sinal isolado. Ele vem na sequência de um magistério na presidência do partido que se tem caracterizado por soluções e atitudes de ruptura com a forma vigente e tida como correcta pelo mainstream do poder em Portugal.”

São José Almeida

O que hoje aflige é a falta de gente com algum estatuto e algum prestígio naquele que foi durante quase 15 anos considerado "o partido natural de governo". Quando saiu, Cavaco não se preocupou com a sucessão e deixou atrás de si o vazio. A famosa "elite" que ele promovera debandou logo. Como típico produto do conservadorismo português, nunca estivera verdadeiramente interessada na política e resolveu aproveitar o vago lustre e a vantagem que o governo lhe dera para se meter a toda a pressa no seu ambiente natural: empresas do Estado, banca, fundações, negócios. No PSD ficou a parte "plebeia" ou inempregável e meia dúzia de aficionados sem destino.
O "pós-cavaquismo" (desculpem a palavra) instituiu a regra de que o partido existia para servir o pessoal dirigente e não o pessoal dirigente para servir o partido. Não ocorreu a nenhum antigo "notável" ajudar a resolver esta perpétua e parece que irresolúvel crise. Como não ocorreu aos pequeníssimos personagens de agora desistir de uma ambição ou outra em nome de um objectivo comum, por trivial que fosse. As facções só querem e só pensam em se apropriar de uma parte do cadáver do PSD. Se a surpreendente designação de Rangel é um acto de sectarismo (e, à primeira vista, parece), é também um sinal de pobreza. Tirando Marques Mendes, não havia melhor. Ou, se havia, o que havia de melhor preferiu o seu cantinho e o seu emprego, para gozar descansadamente a vida, longe dos torpes sarilhos da política.

Vasco Pulido Valente

Geografia e Gramática em Jorge Coelho


Qual é o golfo preferido do ex-politico actual gestor de topo?
É o golfo de Áden!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Crápula

Jan Saudek


ASCO

Local: SIC NotíciasData: 16 de Abril de 2009Hora: 21.50 (mais minuto, menos minuto)Programa: JORNAL DAS NOVE

Protagonistas: Mário Crespo, António Seguro, Ângelo Correia

Tipologia: Decadência exibicionista

Relato: Crespo interrompe à pressa a discussão sobre os modos de combater a corrupção, o tempo está a acabar e ele quer ainda introduzir um último tema. O facto de Mário Cristina e Francisco Gandarez terem sido ouvidos como testemunhas no processo Freeport. Seguro faz um silêncio e responde devagar, que nada há para dizer. Silêncio. Crespo percebe que a bala acaba de rebentar no cano. Seguro repete que nada há para dizer pois o processo está a decorrer e todas as ocorrências são normais. Crespo afirma que também nada tem para dizer, mas daquele modo canalha que tanto pode ser súbito rebate de consciência como cínica ironia. Passa a bola para Ângelo Correia. E ouve o mesmo. O que, por ser exactamente o mesmo, é já uma outra coisa. Que nada há para dizer. E Ângelo, no melhor momento que lhe recordo, de longe e de sempre, avança. Que é um excelente sinal não estarem a sair notícias, nos últimos dias, sobre o que acontece nos bastidores da investigação. E que esperava que nada mais se soubesse até o processo estar concluído, pois é nesse silêncio público que o apuro da verdade deve ocorrer. Crespo defende-se, diz que todas as notícias que aparecerem, sejam elas quais forem, serão noticiadas por ele na SIC, pois essa é a sua missão como jornalista. E é aí que Ângelo, demoníaco, não perde tempo em levar a espada à altura do ombro, termina a faena com golpe certeiro no coração da besta. Diz que o problema até pode nem ser dele, Mário Crespo, mas seguramente será de quem lhe passa essas informações que pervertem o normal andamento da Justiça. Crespo já só consegue balbuciar que isso é que seria, realmente, um assunto interessante a tratar ― assim revelando que, mesmo ferido de morte na sua cidadania e deontologia, continuava o irrecuperável crápula que agora todos reconhecem ser. Perdão: todos, menos o Medina Carreira.


Val no Aspirina-B

Provocatórias, Quase Provocatórias ou Anti-Provocatórias?

Jan Saudek

O Rádio Clube titulou ontem de manhã que o Sindicato dos Professores considerava as propostas do Ministério da Educação como PROVOCATÓRIAS..
E foi ouvir Mário Nogueira que terminou o seu “discurso” referindo que aquelas eram propostas QUASE PROVOCATÓRIAS.
Mas o sindicalista CGTP/PCP foi ainda mais caricato que o Rádio Clube pois ao enumerar as propostas do ME foi referindo, uma a uma, as medidas que o Sindicato ESPERAVA que o governo tomasse.
Esperanças sindicais, essas sim, ALTAMENTE PROVOCATÓRIAS para o ME e sintoma de que o Sindicato não quer dialogar nem negociar.
Era o que faltava em ano de eleições!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Urna

António Jorge Gonçalves

( Serão prestadas homenagens fúnebres por Marcelo Rebelo de Sousa e Pacheco Pereira)

Os Congressos Dos Nossos Médicos


PELO MENOS ENQUANTO NÃO REVIREM AQUELA COISA DOS CONGRESSOS NAS SEYCHELLES
Médicos põem em causa qualidade dos genéricos




"Vernissage" Hoje, na Novo Século

Não Havia Necessidade...


De utilizar este "slogan" para título de um livro e para um cartaz de propaganda eleitoral.
Para além de pretensioso, novo-rico e provinciano dirá algo mais a alguém?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Percepções & Intenções


Óscar Carvalho escreveu no Perplexo que "Quando percepcionamos no mensageiro a intenção de manipular, não acreditamos na mensagem".

Pois é por isso que os momentos Pachecais não pegam.
Nem as missas negras de Marcelo.
Nem as fantochadas da Guedes.
Nem os discursos fúnebres de Crespo.
Nem os delirios do ensolarado arquitecto.
Nem as badanas do famigerado BB
Nem os versículos do aluado GM
Nem...Nem...Nem...Nem...

Crise No Sector Automóvel


Foi Você Que Pediu Um Cavaco?

- Então, Sr. Presidente Cavaco Silva, está surpreendido com as previsões do Banco de Portugal?
- Então não está surpreendido?
- Afinal está surpreendido?
- Bom, afinal nada que o surpreenda.
- E acha que se podia ter feito alguma coisa?
- Então já deveríamos ter mudado?
- Logo, pode ficar tudo na mesma desde que se mantenham as aparências?
- Ah, afinal, sempre havia alguma coisa a fazer...

Joana Amaral Dias no Bicho Carpinteiro

Fidélia Apresenta Rangel...


Depósitos


Por tudo e por nada assistimos, hoje em dia, à proliferação de petições para isto e para aquilo.
Não se faz um mínimo esforço para alterar o estado de coisas, é só pedinchar, Especialmente se, para isso, só for preciso uma “assinatura” pela Internet.
Agora é a vez de uma petição para as escolas não abrirem mais tempo por dia pois, segundo os peticionários as escolas não são depósitos de crianças e jovens.
É verdade.
Mas não sei se não virá mais uma petição a sugerir o contrário pois, tanto quanto sei, são os pais que requerem mais tempo de abertura face aos horários que as empresas lhes impõem e face às exigências da vida actual - ginásios, cinemas, teatros, concertos, tudo absolutamente IMPERDÍVEL.
Não percebem que a escola só dá, quantas vezes, mal e porcamente, alguma instrução.
A educação cabe única e exclusivamente aos pais e familiares.
Mas ainda não vi nenhuma petição a reclamar um melhor acolhimento aos velhos.
Esses sim remetidos, quantas vezes, anos e anos em lares, quase sempre com péssimas condições, à espera da morte.
Tal como uma sociedade que tão mal trata os seus juniores e os seus seniores.
Será que não é possível mais acção da sociedade civil?
Será que não é possível pressionar e reivindicar junto das entidades patronais?
Será que não é possível pressionar e argumentar racionalmente junto dos poderes públicos?
Será que as petições não escondem uma vil estratégia de oposição oportunista?
E sem ser necessário grande esforço!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Fenanda Câncio e a Tatuagem Forçada


No passado sábado, no Expresso, Carolina Reis alonga-se num artigo (de opinião?) intitulado “Por Amor a Sócrates” subintitulando “A namorada de Sócrates tem sido um dos rostos mais visíveis das críticas ao caso Freeport”.
“Câncio criticou a investigação judicial, mas também a cobertura jornalística, que disse resumir-se a fugas de informação” continua a jornalista afirmando que o Expresso “sabe que, na sequência das declarações, Carlos Rodrigues Lima, jornalista que acompanha o caso no “DN”, enviou uma carta ao Conselho de Redacção e à direcção do jornal.
No documento, Lima, que na redacção se senta a dois lugares de distância da colega, questiona se as declarações da redactora põem em causa o trabalho do jornal, e se se justifica que Fernanda Câncio continue a defender o líder do executivo numa coluna de opinião sem que haja uma declaração de interesses”.
Curioso como o poder judicial e o poder mediático às vezes se tornam tão susceptíveis.
Quando lhes interessa.
Então a declaração de interesses de Fernanda Câncio “alegada namorada” de José Sócrates não é do domínio público há tanto tempo?
E quem fez essa declaração não foram os seus próprios camaradas de trabalho?
Para quê mais fantochadas Sr. Carlos Rodrigues Lima?
Não tem a sua consciência profissional limpa?
Era o que faltava que Câncio não pudesse escrever sobre Sócrates.
Provavelmente deveríamos obrigá-la a tatuar o PM na testa?
Ficariam satisfeitos no DN e no inefável Expresso?

Santinhos


António Jorge Gonçalves

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Senil Idades ou Oportunismos



... Sim, poeta, quando te permites relacionar o fascismo com um episódio de legítima e bondosa ― mesmo que discutível, como tantas outras dimensões da vida social e profissional ― regulação da aparência de quem serve o público representando o Estado, estás a ofender as passadas, presentes e futuras vítimas de todos os tiranos e seus cúmplices. E pior: estás a reduzir o fascismo aos conflitos morais inerentes à democracia. Isso é grotesco e, se tivesses um pingo de lucidez, chegava para que pedisses perdão pela desonra que cometeste cego e farto.

Publicado por VAL em ASPIRINA B