"Quer queira, quer não, Sócrates tem um contrato tácito com os portugueses. Que não cumpriu
Perante a situação financeira criada por Guterres, primeiro, e a seguir pelos governos do PSD, Sócrates tomava as medidas necessárias para pôr as coisas na ordem e os portugueses, como de costume, aceitavam sem protesto alguns sacrificios. No contrato, estava implícito que, embora os portugueses por um tempo pagassem mais,Sócrates diminuiria drasticamente as despesas do Estado e, acima de tudo, a despesa corrente primária, sustento da ineficiência e do parasitismo. Isto implicava, uma reforma do Estado séria e drástica, que limitasse o alcance e a área da sua intervenção ( em muitos casos notoriamente inútil e em outros nociva) e que reduzisse o número de funcionários da administração central."
É verdade, VPV retratou fielmente no Publico o que se passou na mente de grande parte dos eleitores de centro, aqueles que acabaram por dar a maioria absoluta ao PS.
Isto, independentemente da vergonha que era ter um governo chefiado pelo inenarrável Santana Lopes.
È certo que este governo parece estar a reduzir o deficit e avançou para algumas reformas importantes mas, na pedra de toque que era a reforma da Administração Central, parece que algo emperrou. Até a, tantas vezes apregoada, racionalização do património imobiliário parece que não avançou. E aqui haveria tanto "pano para mangas".
Com tantos edificios devolutos ou mal aproveitados para quê tantos alugures? Quanto custa, por exemplo a Loja do Cidadão do Eden?
E a redefinição dos organogramas dos Ministérios?
Eu sei como é a resistência à mudança.
Mas Sócrates, e só ele, terão que dar uma explicação aos seus eleitores.
Só ele, e não o PS, muito menos o PS "de esquerda, de Manuel Alegre" que, noutros tempos, pouco ou nada fez, nem sabe fazer.
Acabou o tempo dos rodriguinhos e dos recados.
Está na hora de falar clara e directamente aos seus eleitores.
Sob pena de perder em 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário