segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Círculo único nacional


Há muito que sou adepto da existência de um círculo único nacional. Só que, nos tempos que correm, não tem sido considerada uma opção politicamente correcta. O que está a dar é aquilo que designam por responsabilização dos eleitos através da criação de círculos uninominais. Finalmente hoje, no Público, Miguel Félix António escreve sobre o tema referindo que, com a existência do círculo único nacional "...estariamos a reforçar a multiplicidade de escolhas que as pessoas quisessem fazer. Um partido tem cinco por centos de votos e tem cinco por cento dos deputados e não, como poderá acontecer com os círculos uninominais, ficar afastado da representação parlamentar.Repare-se que, mesmo num parlmento com 100 membros, um "score" eleitoral de cinco por cento daria cinco deputados. Também assim as pessoas sentiriam que, qualquer que fosse o seu sentido de voto, este não seria desperdiçado, aumentando a auto-responsabilização de cada um neste processo. E incrementando a motivação pelo exercício do sufrágio.
...O círculo único nacional tem inclusive formatos que permitem a aproximação dos eleitores com os eleitos, designadamente através da permissão dada aos eleitores de hierarquizarem os candidatos, registados no boletim de voto."
Há pois que não deixar passar a criação dos círculos uninominais, meio ideal para a proliferação da cacicaquagem com o óbvio incremento de demagogia e o populismo que lhe são inerentes!
Mal po mal, já basta assim! ( lá diz a canção ).

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