terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Mercado, Pessimismo e Especulação à Portuguesa


A propósito das especulações acerca de indicadores sobre pessimismo dos portugueses quanto às expectivas dos portugueses devo referir que estes inquéritos, muito faliveis, devem, em principio fazer reflectir a classe empresarial e a sociedade civil pois estas é que deverão ser o motor da economia e não forçar mais e mais ajudas e subsidios estatais.
Mas vejamos algumas passagens de um artigo do Francisco Sarsfield Cabral no Público :
"...mas o pessimismo tem sobretudo a ver com factores económicos. O desemprego sobe, a crise do crédito aflige muitas familias ( que cortam no consumo) e a recessão parece inevitável.
Recessões e crises houve muitas no passado, sem o pessimismo actual. A raiz deste tem a ver com o desequilibrio entre a espectacular melhoria do nível de vida de uma minoria e a quase estagnação dos rendimentos da maioria.
Não apenas a pobreza não foi eliminada pelo crescimento económico das últimas décadas, como os salários reais do trabalhador médio subiram pouco e abaixo da produtividade, que deu um grande salto. Entre 1979 e 2005, os mais ricos (um por cento da população ) aumentaram 228 por cento os seus rendimentos. Parte das famílias aumentou os rendimentos apenas porque mais mulheres foram trabalhar.
...A globalização financeira baixa a tributação sobre o capital, extremamente móvel, enquanto sobre o trabalho (que se pode deslocar menos) aumentam os impostos."
Exemplar este artigo sobre a maior economia de mercado do Mundo - Os Estados Unidos da América.
E ainda há almas portuguesas, muito arrojadas, a terçar armas contra Sócrates.
Sabendo que a alternativa é o PSD/PP

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