domingo, 16 de novembro de 2008

Alegre ao Microscópio do Macroscópio


...Então o que fará correr Alegre? Neste contexto, creio que será o seu empenhamento e responsabilidade cívica, e isso é de louvar. Mas essa responsabilidade cívica - regra geral - é ou deveria ser acompanhada de ideias e de projectos coadjuvantes da governação (até pela sua filiação política de valor histórico), nas mais diversas áreas, até ao nível da Educação - que hoje o afasta do PS e do Governo.
Ora, a nosso ver, é aqui, dado o vazio de ideias, que Alegre falha rotundamente na sua intervenção política e cívica, posto que ele representa bem - no plano simbólico - a utopia, o sonho e o romantismo na política, como acima referimos, mas depois falha estrondosamente na racionalização de um conjunto de medidas que essa utopia deveria comportar.
Alegre, ao ficar-se apenas pela representação simbólica duma certa forma de fazer política, acaba por falhar naquilo que é essencial em política: apresentar ideias e projectos que a sociedade possa implementar em benefício do bem comum, como diria Aristóteles.
No fundo, Alegre revela aquilo que sempre foi: um poeta e um escritor. E só muito raramente estas pessoas (sabem) fazer política com êxito.

Macro no Macroscópio

Sem comentários: