quinta-feira, 20 de novembro de 2008

De Nogueira a Eucalipto


Nicolau Santos, A Fenprof manipula e Mário Nogueira não é sério:
“O líder da Federação de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, abandonou a reunião que hoje mantinha com a ministra. Motivo: a ministra não suspendeu a avaliação como era exigência da Fenprop para continuar a negociar.Mas a Fenprof e Mário Nogueira querem negociar o quê, se exigem a suspensão da avaliação? Resposta: não querem negociar nada. Querem somente deitar abaixo a ministra porque ela insiste que não desiste da avaliação.Insiste e muito bem. Eu, como pai de dois alunos, quero que os professores deles sejam avaliados pelos seus pares e pelos pais, se possível. Quero saber se são bons, se são pedadogos, se não faltam, meses a fio com atestados médicos que todos sabemos serem falsos, se não metem sucessivos artigos quartos com uma enorme descontracção e sem nenhum problema de consciência, deixando turmas inteiras sem aulas durante horas, dias, meses.Em todo o sector privado, a avaliação é uma regra há muitos anos. Aqui, nesta empresa, não só avaliamos os nossos subordinados, como eles nos avaliam e nós avaliamos os nossos superiores, inclusive o director-geral da empresa. Porque carga de água é que os professores, que passam o ano a avaliar milhares de alunos, não podem ser avaliados?”

• Paulo Baldaia, Nogueira com sabor a eucalipto:
“É lamentável, indigno até, a forma como Mário Nogueira - líder da Fenprof - aproveita este movimento para fazer o seu caminho dentro do PCP, rumo à liderança da CGTP. Como custa aceitar, embora se perceba melhor, que a Oposição se 'cole' ao movimento, tentando capitalizar o descontentamento, sem cuidar de saber como pode o país sair a ganhar.Mário Nogueira foi o dirigente sindical que assinou um acordo com o Governo, tentando aparecer como o vencedor da manifestação de Março. Rapidamente percebeu que tinha dado um tiro no pé e fez uma pirueta, dando o dito por não dito.O senhor que me desculpe, mas parece um nogueira com características de eucalipto. Seca tudo à sua volta. Só ele existe, há muito que deixou de ser professor para ser, em exclusivo, sindicalista. Um sindicalista que pede para ele o que sabe não ser direito dos outros.Convém que a memória não seja curta. Há sete anos, a Fenprof convocou uma paralisação em que os professores que aderiram ficaram sem o salário nesse dia, mas Nogueira foi até à última instância - onde perdeu - para receber o dia de salário que sabia não poder ser pago aos camaradas de profissão que paralisaram por sua proposta.”


Citados pelo Câmara Corporativa

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