sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Mal-estar difuso


" O mal-estar difuso é simplesmente o regresso à realidade. Portugal não tem meios para o Estado-providência e a espécie de vida que os portugueses reclamam. E, como não tem, toda a gente se agita e ninguém faz nada com sentido. Esta fase também é conhecida."


Vasco Pulido Valente, no Público

Este País não é para gente séria




José Sócrates prometeu aos empresários um novo canal de televisão.

Vai daí Menezes prometeu desmantelar a RTP dando mais publicidade aos empresários.

Paulo Portas ofendeu-se com Jaime Silva e vai pô-lo em Tribunal.

O seu advogado será Garcia Pereira.

Estes gajos, são ou não são uns brincalhões?

E depois não querem que haja, há muito tempo, um "mal-estar difuso".












Ética e Bioética na nossa belissima sociedade, para quê?


E porque não a polícia de choque?

Lojas inglesas instalam repelente para crianças e adolescentesDispositivo emite som de alta freqüência que afugenta só menores de 20 anos de idade. Entidades de defesa dos direitos humanos se unem para banir o aparelho do mercado.Da Associated PressUm grupo de defesa dos direitos das crianças e outro de defesa dos direitos humanos se uniram na Inglaterra em uma campanha para banir um aparelho de alta freqüência projetado para afastar crianças e adolescentes com mau comportamento de lojas, shoppping e outros estabelecimentos comerciais. O "repelente de crianças" chamado Mosquito emite um som desagradável em alta freqüência que normalmente só é escutado por ouvidos jovens, com menos de 20 anos. "Esse aparelho é uma medida provisória e não ataca a verdadeira causa do problema", disse Al Aynsley-Green, do English Children Commissioner. Em entrevista à rádio BBC, ele disse que as crianças não têm um lugar onde possam se reunir, a não ser as ruas."Acho que isso é um sintoma poderoso do que eu chamo de verdadeiro mal no coração de nossa sociedade", disse ele. "Estou muito preocupado. Vejo um imenso buraco entre os jovens e os velhos, o medo, a intolerância, até mesmo o ódio da geração mais velha pelos jovens." Shami Chakrabarti, diretor do grupo de direitos humanos Liberty, apóia a campanha. "Imagine a indignação que seria provocada se fosse introduzido algo que causasse desconforto a pessoas de uma determinada raça ou gênero, em vez de ser algo com as nossas crianças", disse. "O Mosquito não tem espaço em um país que valoriza suas crianças e procura ensinar a elas dignidade e respeito." O inventor do Mosquito, Howard Stapleton, foi chamado para dar informações sobre como usar o aparelho. "Informamos aos proprietários das lojas para usar o aparelho quando tiverem algum problema. Eu ficaria mais que feliz de estabelecer um contrato que estipulasse como ele pode ser usado", disse ele ao jornal "Western Mail".
Retirado do Murcon

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O troglodita de Gaia


Esta noite na Quadratura do Círculo falaram de uma entrevista a Menezes na SIC.
Em suma, a fasquia estava muito baixa, Lobo Xavier acha que correu bem, rematou dizendo que Menezes " até articulou bem os temas".
Mas afinal quem pensava Lobo Xavier que Menezes era?
Se calhar um troglodita!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O Bacoco, o Malandro e a má-sorte de se chamar PSD

pedro vieira, irmão-lucia, ilustra com lustro ( como sempre)

O autarca em bicos de pés
É lugar-comum: para se convencer alguém da razão dos nossos argumentos devemos começar por acreditar convictamente neles e, obviamente, sentir solidez no discurso.Luís Filipe Menezes não acredita no que diz, sabe pouco mesmo sobre aquilo que defende (esteve longos segundos a derrapar num aahhhh , a tentar encontrar um número – suaves 400 milhões de euros! – para umas das medidas sociais que propôs...), e usa um discurso básico, às vezes mesmo primário, que o mantém preso à figura de autarca e o afasta do primeiro-ministro que sonha ser. Luís Filipe Menezes é o autarca em bicos de pés.Estava com vontade de o ver responder às perguntas de Ana Lourenço na SIC-Notícias . Mas os bocados a que assisti foram de uma pobreza confrangedora. Acabei por ceder ao sono.Vou acordar de novo para o PSD quando chegar o senhor que se segue.


Como Pedro Rolo Duarte se confessa escassamente linkado aqui fica este seu belo post

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

As Faces da Sociedade Mediática


...em As Faces de Harry, Cookie, uma prostituta negra, pergunta a Harry Block ( Woody Allen), a quem acabou de fazer um serviço, porque é que ele está tão triste e porque razão toma tantos comprimidos. Harry responde que se encontra em "bancarrota espiritual" e "vazio". E clarifica:

Harry : Sabes que... que o universo se está a desfazer? Sabes disso? Sabes o que é um buraco negro?

Cookie : Claro, é assim que eu ganho a vida.

( em A Filosofia segundo Woody Allen)

A sociedade mediática criou uma embriaguez de estímulos que embrulha e asfixia , manipula e embrutece. É preciso lidar com ela como com a poluição.

( João César das Neves no Diário de Notícias)

Prós & Contras & Contras & Contras...


Educação .
O sacrifício da Ministra.
Os risos e as palmas alvares.
A má-criação da senhora professora do PSD.
Os senhores que passaram os últimos vinte ou mais anos em sindicatos, comissões,direcções regionais,ministério, comissões directivas e agora, inocentes, não têm nenhuma responsabilidade no estado em que a educação se encontra.
Os provincianos com medo de perder as suas posições/cacique locais
A resistência à mudança em todo o seu explendor.
Por todos os motivos e ainda porque, como diz o outro "na dúvida, compra-se", a manifestação de dia oito vai ser um grande sucesso.
Quanto maior, maior será a prova do nosso atraso.
Enfim, meteram-se pela primeira vez com a classe média, com aspirações a média alta.

O Sol - Tesourinhos mais que Deprimentes


Quase todos os colunistas do Sol são medíocres. No entanto destaco o Top3:


1) Sorria,você está na Bahia de Alfredo Hervias Y Mendizábal

Inenarravél. Vergonhoso!


2) Viver para contar de José António Saraiva

Coluna de humor. Sem dúvida nenhuma!


3) Diário de Marcelo Rebelo de Sousa

Duas páginas gastas inútilmente com "fait-divers", futilidades e farpinhas.


Mas há mais desde Luis Filipe Borges a Carla Quevedo o Sol está recheado de nulidades!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O País Real de José Manuel Fernandes


A melhor prova da má-fé do Público quando pespegou há dias, na primeira página, a "conclusão" mais alarmista e especulativa do denominado "estudo" da Sedes é hoje evidenciada no mesmo "jornal". O seu director justifica-se em editorial. Até faz lembrar aquilo que ele gosta de criticar no primeiro-ministro - vive num país só dele. Dele, e dos seus elitistas mentores ideológicos.

Repita-se, Afixe-se, Brade-se! Pode ser que ele leia (por engano ou por milagre)!


Volta e meia os políticos portugueses lembram-se de que existe um país real, em regra são os partidos da oposição que se lembram dele para responder a supostos progressos económicos reivindicados pelos governos. Ainda recentemente assistimos a este fenómeno com o PSD a montar encenações para levarem as televisões a filmar o mítico país real, como não podia deixar de ser no PSD dod dias de hoje tinham que haver dois países reais, o de Luís Filipe Menezes e o de Pedro Santana Lopes. Para Santana Lopes, influenciado pelo ruralismo que caracteriza a nossa direita mais empedernida, o país real é uma aldeia abandonada apesar de ter ar puro e uma excelente paisagem, para Luís Filipe Menezes, que chegou à direita por ruelas suburbanas, o país real é a zona J de Chelas.
Se os nossos políticos tivessem nascido em castelos da Escócia e descendessem de famílias com lugares assegurados na Câmara dos Lordes ainda percebia a razão porque escolhem estas “reservas” e os seus nativos para mostrarem um país que acham que os portugueses e o governo não conhecem.
Se Santana e Menezes têm tempo para a realidade que fica para além dos muros de São Bento e escolhem exemplos extremos para falarem do suposto país real, muito pior será a situação de José Sócrates que tem entre ele e o outro lado dos muros palacianos um exército de adjuntos, assessores, boys e Chiuauas a assegurarem-lhe que do outro lado estão todos bem, anafados e felizes, que os salários mínimos permitem milagres nutricionais, que os jovens licenciados desempregados estão mais procupados com os namores do que com empregos, que os subsídios de desemprego são motivo para perder a vontade de procurar emprego e que os sinais de retoma resistiram à últim borrasca que atingiu a capital e arredores.
Qualquer primeiro-ministro quer pensar que governa muito bem e que tudo está a correr pelo melhor, tudo o que de mau se diga ou é discurso de velhos do Restelo, conversa de profetas da desgraça ou pequenos pormenores estatísticos que serão superados no próximo trimestre, nunca um primeiro-ministro assumiu que governou mal. Nenhum ministro lhe vai dizer que fez asneira, se algo correu mal foi sempre culpa de terceiros. Os assessores e adjuntos são especialistas em adivinhar o que o primeiro-ministro quer ouvir, nunca ousarão indispô-lo, até porque já sabem que quem diz que alguma coisa está mal é profeta da desgraça.
Os primeiro-ministros estão isolados da realidade, só usam o cartão de crédito quando vão de férias, no caso de Durão Barroso nem isso isso sucedia pois há sempre um amigo que o leva de férias. Que me recorde só o falecido Salgado Zenha teve um encontro de terceiro grau com a realidade, quando era ministro das Finanças foi à compras com a esposa e admitiu que só assim percebeu que a vida estava cara.
Não é fácil a um primeiro-ministro perceber que as famílias que ganham o salário mínimo ou pouco mais passam fome e que sofrem com os aumentos de preços e dos impostos, ou para se saber que são os pobres e a classe média baixa que estão a suportar os custos do enriquecimento acelerados mais ricos, de quem Sócrates espera mais investimento, nunca passaram por "elas". Mas no caso de José Sócrates até é de esperar que assim não seja, o seu portfólio arquitectónico é quase uma garantia de que conhece o país onde cada um se desenrasca como pode e sabe.
O país real não é a aldeia abandona nem a zona J de Chelas, mas também não são os 80% o PIB que costumam viajar nas comitivas de José Sócrates. O país real são os médicos que não sabem onde vão trabalhar no próximo mês, os desempregados que desanimam a ir ao serviço de emprego, os professores que investiram uma vida e não sabem se serão colocados no próximo ano lectivo, os licenciados que trabalha como repositores do super ou são forçados a emigrar, os funcionários públicos ameaçados com a disponibilidade. Um boa parte destes não acreditam em Baracks lusos, estão prestes a desistir e começam a perceber que mesmo que a economia melhore continuarão excluídos dos benefícios daí resultantes, continuarão a pagar taxas elevadas de Iva, a ter carreiras congeladas, a ver os rendimentos reais a serem reduzidos, pagam as crises e serão esquecidos quando a economia recuperar.
O maior erro que Sócrates poderá cometer é confundir o país dos filmes eleitorais com a realidade ou acreditar que são os bajoladores que o rodeiam que lhe dão a imagem real desse país. Esses bajoladores são ainda mais mentirosos do que os profetas da desgraça a que Sócrates se referiu, até são pagos para com a mentira darem conforto e felicidade ao primeiro-ministro.


Com os meus agradecimentos ao Sr.Jumento

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Mundo dos Outros


Alguém se lembra de alguma medida tomada pelo antigo Secretário de Estado da Cultura de seu nome Vasco Pulido Valente?

E do deputado Vasco Pulido Valente?

E resultados, apresentou-os? E o que acrescentaram ao nosso desenvolvimento?

E quanto aos seus amigos da AD, que fizeram para o país estar neste estado?

É que Sócrates só cá está desde 2005.

Se Sócrates vive num mundo próprio, para outros o mundo é o Gambrinus e má-lingua.

Ah! e sacar algum ao Estado sem pôr os pés no local de trabalho.

Isto é que é inteligência!

Tiros no Pé!




sábado, 23 de fevereiro de 2008

Um Ministro Que, Só Visto!


"Olha que o Telmo assinou aquilo" (Paulo Portas)


"Ah. Do meu caso. Já o tenho aqui na mão e foi um despacho fantástico" ( ABel Pinheiro)


(no Público de hoje)


Como diria Herman José: Fantástico, Mike!

O Público, Má-Fé ou Incompetência?


O Público e o comunicado da SEDES
Na primeira página do Público pode ler-se:

“Portugal à beira de crise social de contornos difíceis de prever, considera a SEDES”
E em subtítulo:
“Associação alerta para falta de confiança nos políticos, e presença asfixiante do Estado na Sociedade”.

Pois é.
Só que o Publico omite nos títulos, outro factor que contribui, na opinião da SEDES, para “um mal estar difuso”, que “alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”: A Comunicação Social.

Por isso aqui fica a parte do artigo da SEDES naquilo que se refere à Comunicação Social e que se pode ler no interior.

“Outro factor de degradação da qualidade da vida política é o resultado da combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma justiça ineficaz. E a sensação de que a justiça também funciona por vezes subordinada a agendas políticas.
Com ou sem intencionalidade, essa combinação alimenta um estado de suspeição generalizada sobre a classe política, sem contudo conduzir a quaisquer condenações relevantes. É o pior dos mundos: sendo fácil e impune lançar suspeitas infundadas, muitas pessoas sérias e competentes afastam-se da política, empobrecendo-a; a banalização da suspeita e a incapacidade de condenar os culpados (e ilibar inocentes) favorece os mal-intencionados, diluídos na confusão. Resulta a desacreditação do sistema político e a adversa e perversa selecção dos seus agentes.
Nalguma comunicação social prolifera um jornalismo de insinuação, onde prima o sensacionalismo. Misturando-se verdades e suspeitas, coisas importantes e minudências, destroem-se impunemente reputações laboriosamente construídas, ao mesmo tempo que, banalizando o mal, se favorecem as pessoas sem escrúpulos".
Tinha sido bonito se o Público tivesse dado um relevo igual aos Politicos e à Comunicação Social na criação do "mal estar".

Ao salientar no título, apenas a acção dos "Políticos" e omitindo a acção da "comunicação social" está exactamente a agir no campo do sensacionalismo que alimenta o tal "mal estar" denunciado!

No Publico não há quem saiba ler?
No A Pente-Fino, um blog a que devemos estar atentos

Em Que Ficamos?


Li algures que haveria um surto neo-socialista na bloga de referência. Não sei exactamente o que isso quer dizer. Admitamos, por hipótese, que quem assim fala vive incomodado com o facto de meia dúzia de bloggers da esquerda moderada e do centro-esquerda terem começado a reagir com ênfase à barragem de agit-prop dos sectores mais conservadores, que convivem bem com as picardias da esquerda radical (usam linguagem simétrica), mas ficam desorientados — à falta de verbo mais adequado — com a argumentação dos que, longe de incensarem o actual governo, não esquecem o que foi a década 1995-2005, sob Guterres, Barroso e Santana (seria supérfluo recuar mais). Uma década, convém sublinhar, em que muitos sócios da SEDES tiveram particularíssimas responsabilidades. O lado mais deprimente desta guerrilha tem sido ilustrado no modo como dois ou três blogues martelam a tese da “central de bloggers afectos ao governo”, a qual teria expressão no Câmara Corporativa. (Nem por um momento lhes ocorreu que sem a propaganda que lhe fazem a “Central” volatilizava-se no limbo.) Enfim, não vale repetir o óbvio: muitos vêem-se do outro lado do espelho e não gostam do que vêem. O resto é cantiga. Ou queremos uma democracia representativa (e os blogues são hoje um dos seus reflexos mais sensíveis), ou queremos outra coisa. Talvez fosse bom explicar o quê.

Eduardo Pitta no Da Literatura

Pois é. Eles ( os conservadores, liberais, direitistas) pensavam que tinham o monopólio da blogosfera. Cediam caritativamente algumas migalhas à esquerda-radical a quem "papavam" facilmente.

Quanto à SEDES, além de não trazer novidades pois os números que aí estão são oficiais e públicos, embrulha-os numa linguagem alarmista que agradou ao Público.
No entanto os "embrulhadores" não têm qualquer credibilidade.
Foram eles que, ao longo destes ùltimos 30 anos ( pelo menos) , detiveram em enormissima percentagem as rédeas do poder económico e político.
A não ser que estejam a fazer autocritica.

Em que ficamos?

Olha Quem Fala!


"Num país onde os media instituíram o princípio de que "em politica o que parece é", a Sócrates basta-lhe parecer, exercício em que se tornou exímio".

Maria José Nogueira Pinto ao "Diário de Notícias".

Com mestrado em "sound-bytes" a senhora sabe bem do que fala.
A sua "carreira" é disso uma boa demonstração.
Exímia prestidigitadora. Catedrática!

Escândalo no Público


O escândalo, o horror, o terror em plena Rua Viriato.
Luis Pedro Nunes foi apanhado a meter o suplemento de Economia dentro do Inimigo Público.
Ao contrário do que tem acontecido nas últimas semanas.
O director do IP vingou-se.
Agora só lhe falta ir "postar" para O Câmara Corporativa.
O que não me admirava.
Desde que desse audiências e bago, sobretudo muito bago.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

60000 a Estudar para o Desemprego


Vasco pulido Valente no Público:


"Desde que o regime começou a funcionar regularmente, não houve governo, não houve ministro, não houve político que não viesse proclamar que o futuro de Portugal e dos portugueses estava na educação. A educação era sempre uma "prioridade". Depois foi "a prioridade das prioridades", para acabar, na falta de mais superlativos na "paixão" de António Guterres...... milhares de pessoas levaram inteiramente a sério a demagogia oficial. Pais que sofreram e pouparam para educar os filhos. Filhos que esforçadamente tiraram um curso. E agora? Agora, de acordo com o INE, Portugal tem 60000 licenciados no desemprego"


Uma realidade triste a que o país não se pode dar ao luxo. E atirar para o lixo!

O País Real e o País Inventado




Portugal não é um país, mas três.A blogosfera política não vê um país: vê uma inextrincável teia de compromissos e de projectos de poder e descreve aquilo que pretende que seja visto como a realidade em cada momento e consoante a visão do respectivo projecto de poder.A mediaesfera faz mais ou menos a mesma coisa, mas com a desvantagem de já estar previamente alinhada em duas barricadas. Os noticiários mostram a “realidade” do sangue, miséria e desgraça — com a omnipresente polícia que todas as semanas faz a maior apreensão de sempre.Resta depois o país real, do qual quase nada sabemos. Crise económica? Mas os indicadores desmentem. A sociedade à beira de uma ruptura? Bem sei o quanto alguns desejam vingança sobre o buzinão da ponte, mas à parte a contestação profissional, que é paga para isso e ainda bem, não se vêem sinais de fumo. As duas questões deprimentes de Portugal têm décadas de existência, não decorrem deste governo — e não há quem não saiba disso.Agora, não nos falta informação — nos media como nos blogues — sobre que país a classe em exercício dos cronistas políticos & similares gostava de ter. Como escreve Vital Moreira em Wishful thinking: “Por mais que os média ajudem, é impossível manter durante muito tempo a invenção de uma país à beiro do abismo. Quem está à beira de um ataque de nervos é quem procura à força tomar os desejos por realidades”.

Paulo Querido no seu Mas Certamente Que Sim!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Não há almoços grátis


Pela primeira vez no nosso país, ficou provado e foi punido o financiamento ilegal de um partido por uma empresa. Esse facto, e a severidade das multas, torna ainda mais incompressível que não tenha existido nenhuma investigação criminal ao financiamento indirecto do PSD pela Somague. Se alguém pagou, por baixo da mesa, 233 mil euros ao partido que estava no poder é porque o fez esperando alguma contrapartida para a empresa. Qual? Era isso que importava apurar e que, pelos vistos, ninguém se deu ao trabalho de tentar descobrir.


Será desta?


Agora que o Tribunal de Contas chumbou, e muito bem, o empréstimo que permitiria a António Costa continuar a gerir a autarquia à larga, adiando as soluções para depois das próximas eleições, talvez valha a pena lembrar ao Sr. Presidente que tem muito por onde pegar, para começar a resolver os problemas da cidade. Tem por lá “a pesada estrutura da autarquia mais a E-nova, a Ambelis, a OML, a ATL, as SRU, a EGEAC, a Emarlis, a Gebalis, a Lispolis, a Casa da América Latina e sei lá que mais organismos que dão emprego a milhares de eleitores e respectivas famílias e a muitos quadros do(s) partidos(s).” E por isso pode começar a trabalhar e a “fazer o que é preciso - fechar grande parte destas estruturas devastadoras de recursos, diminuir o quadro de pessoal da câmara, cortar subsídios, dizer muitas vezes não”.
Por aqui se vê a fibra de um político. Temos homem na autarquia ou vamos apenas assistir à choraminguice do costume e à habitual distribuição de culpas?

JCD no Blasfémias

Será desta? É que das anteriores não foi!

Sonho ou Pesadelo?



Ontem à noite, antes de adormecer, comecei a imaginar como estaria, hoje, Portugal e a vida dos portugueses, se
1. Fizesse por estes dias três anos de uma maioria absoluta do Bloco de Esquerda, com Francisco Louçã como primeiro-ministro;
2. Fizesse por estes dias três anos de uma maioria absoluta do PCP, com Jerónimo de Sousa como primeiro-ministro;
3. Fizesse por estes dias três anos de uma maioria absoluta do CDS-PP, com Paulo Portas como primeiro-ministro;
4. Fizesse por estes dias três anos de uma maioria absoluta do PSD, com Luís Filipe Menezes (ou Santana Lopes) como primeiro-ministro;
O exercício permitiu-me concluir que a sabedoria popular é imensa.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Onde é que o Adelino quer chegar?


No Minuto a Minuto (7/10h) do Radio Clube João Adelino Faria, naquele seu jeito engravatado, todo atlântico, todo 31 da armada, continua a fazer interpelações canhestras aos seus entrevistados. E, como diria o Marco Paulo, mexe e remexe até o convidado dizer aquilo que ele pretende. E então, como se todos fossem estúpidos, tem o desplante de acrescentar: "Era aí que eu queria chegar!".
Mas será que os seus interlocutores têm de chegar onde ele pretende?
Hoje teve azar. A insuspeita Maria João Avillez não lhe aparou o jogo.

Aparência ou Realidade ?


"Como imaginar que as direcções editoriais dos orgãos de comunicação social são compostas por pessoas sem preferências politicas e ideológicas, que os seus proprietários não têm interesses que gostariam de ver satisfeitos e que nada disso se reflecte no conteúdo noticioso? Mas o debate em Portugal sobre estes temas permanece num mundo de "faz de conta". È um mundo em que se espera imparcialidade, neutralidade e equilíbrio de todos os orgão de comunicação social...
...Mas suponho que teremos de ser tolerantes. Uma das coisas mais curiosas que me ficaram das minhas raras interacções com responsáveis politico-partidários é a sua tendência para a obsessão com a comunicação social, com a perseguição que sentem ser-lhes movida pelos jornais ou pela televisão, com as alegadas distorções e manipulações das sondagens ou com o que está por detrás das opiniões de malévolos comentadores. Mas compreendemos que este é, afinal, o "mundo real" dos politicos ( e, em grande medida, de muitos jornalistas) , só ocasionalmente entremeado por alguns indicadores estatisticos e umas visitas "ao terreno" organizadas pelas estruturas locais dos partidos."

Pedro Magalhães no Público

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Assim se Vê o Básico do PSD !


Num jantar em Alvaiázere, estando presente Luis Filipe Menezes, o senhor presidente da câmara terá declarado, segundo o Público, que em Sócrates ""vê um ditador prepotente", o autor do "regime controleiro da comunicação social" e o responsável pelo "ataque cerrado ao poder autárquico". "António Oliveira Salazar era um aprendiz de ditador ao pé de José Sócrates"comparou o autarca."

Menezes em vez de lhe dizer:" Porque não te calas?" e demarcar-se desta nojeira não terá corrigido o homem acabando por se pôr ao seu nivél.
Provavelmente até se riram alarvemente!

Não há nada como a coerência


JUMENTO DO DIA
Menezes já não vai desmantelar o Estado em seis meses
A grande novidade dada por Menezes no último congresso do PSD foi a sua intenção de desmantelar o Estado em seis meses, mas já mudou de opinião, agora diz que na próxima legislatura não será encerrado nenhum serviço público. Se Sócrates esquece apenas a promessas eleitorais, Menezes está e piores condições, já esquece tudo o que diz.


( copiado, com a devida vénia, do Jumento)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Se Votou Santana ou Portas é Um Caso Perdido!


14.2.08

Psiquiatrizando a vida quotidiana
TRRIIIMM.. TRRIIIMM... TRRIIIMM... Responde o atendedor de chamadas: 'Obrigado por ter ligado para o Júlio de Matos, a companhia mais adequada aos seus momentos de maior loucura.' * Se é obsessivo-compulsivo, marque repetidamente o 1; * Se é co-dependente, peça a alguém que marque o 2 por si; * Se tem múltipla personalidade, marque o 3, 4, 5 e 6; * Se é paranóico, nós sabemos quem é você, o que você faz e o que quer. Aguarde em linha enquanto localizamos a sua chamada; * Se sofre de alucinações, marque o 7 nesse telefone colorido gigante que você, e só você, vê à sua direita; * Se é esquizofrénico, oiça com atenção, e uma voz interior indicará o número a marcar; * Se é depressivo, não interessa que número marque. Nada o vai tirar dessa sua lamentável situação; * Porém, se VOCÊ votou Sócrates, não há solução, desligue e espere até 2009.
Aqui atendemos LOUCOS e não INGÉNUOS! Obrigado!


Pequeno guia para uso dos trabalhadores durante a marcha gloriosa das vitórias da produtividade (excerto)


Precisamos de libertar uma parte da nossa mão-de-obra
Vamos despedir 200 tipos

Precisamos de reduzir cusos fixos
Vamos despedir 200 tipos

Temos da apostar na flexibilidade
Vamos despedir 200 tipos e contratar uns brasileiros a recibo verde

As promoções têm de ser fruto do mérito
As mulheres que engravidem podem esquecer a promoção

Os imigrantes têm óptima formação e forte espírito de equipa
Como os ucranianos não estão legalizados não podem apresentar queixa

Precisamos de apostar no outsourcing
Não temos dinheiro para pagar aos nossos técnicos

Precisamos de vestir a camisola
Este ano não vai haver aumentos

José Vitor Malheiros no Público ( segue )

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Os Benevolentes


Como são bonzinhos, os administradores da Casa da Música.

Como se apressam a arranjar empregos a jovens, bonitas e desempregadas.

E no Marketing e Comunicação parece não se exigir muito mais.

Guta Moura Guedes, despedida do CCB e sem subsídios para a sua Experimenta Design, voou para o Porto. Tendo voltado os subsidios, dados pelo actual gestão de Lisboa, já pode deixar as enfadonhas deslocações para o Porto. E o que fez a senhora na Casa da Música? Encomendou a "amigos americanos" uma nova imagem para a Casa. Era mesmo isso de que estava a necessitar, com uma imagem velhissima de dois ou três anos. E assim se evaporaram muitos milhares de euros.

Agora é a vez de Dalila mostrar o que vale.

Porque não outra mudança radical na imagem?

Urbanismo, Casinismo e Regionalismo...

paulo patricio


È tudo a mesma coisa!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O Drama de Paulo Portas


"Aquele que se descobre a si próprio recuperará alguma vez?"
Emil Baschnonga

Catalina ao Sol...ou Pagamentos em Espécie


Ou ainda como arredondar a reforma e o ego!

Esta semana, Catalna Pestana começou uma colaboração regular com o semanário Sol.


Na relidade há coisas que só o tempo vem esclarecer.


Parafraseando o apóstolo João César das Neves, não há entrevistas grátis!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Puxar a Brasa


QUADRATURA DO CÍRCULO DIGEST:
Pôr a hipótese de um grupo económico usar um jornal do qual é proprietário para dar umas ferroadas num político é absurdo/delirante/ridículo.Pôr a hipótese de o aparelho judicial do Porto ( juízes, delegados do MP, agentes da Judiciária) estar refém da mafia do futebol portuense é sinal de clarividência.Conclusão: os jornalistas são intocáveis, mas os polícias e os juízes não.


Chaval


Entre o Bem e o Mal,
cresce a borbulha na cara do chaval.

O chaval ainda não sabe
que a barba, bem ou mal
feita, é uma banalidade
matinal

Alexandre O'Nill em De Ombro na Ombreira (1969)


(A propósito dum mau programa de TV chamado O Eixo do Mal bem como de alguns libérrimos blogues que andam por aí)

Reflexão muito Actual


O drama é que as competências exigidas para se conseguir assumir o poder não coincidem com aquelas que são exigidas para o exercer.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Ò Tempo Volta Pa Trás!


Penso que o senhor general Garcia Leandro estará na reserva ou reformado.

Assim sendo provavelmente não lhe poderá ser feito o processo disciplinar que mereceria.

A ameaça que fez não deixa de ser, por isso, um comportamento vergonhoso que só mancha a instituição militar de um país democrático e ocidental.

Apesar de terem passado quase 34 anos sobre a implantação da democracia ainda existem saudosistas dos pronunciamentos militares, ignorantes dos mecanismos que gerem os regimes democráticos, sem os quais nem sequer tinham Expressos que os acoitassem.

Fosse Paulo Portas ministro da Defesa e outro galo cantaria!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Saudosismo & Terceiro-Mundismo


" O general Garcia Leandro publicou aqui no Expresso, no sábado passado, uma espécie de protopronunciamento militar deveras interessante. Em substância, o general diz que o país está minado pela corrupção e pelo mau governo dos políticos e que só não avança para encabeçar um "movimento de indignação", conforme muito solicitado, porque vivemos hoje na União Europeia- onde estas aventuras "venezuelanas" deixaram há muito de ter viabilidade. Mas essa não é, em boa verdade, a única razão que trava o general nas suas generosas intenções, se é que ele não o sabe:a outra razão é porque o país acolheria hoje com uma garagalhada devastadora qualquer ridícual tentativa de pronunciamento militar.

... A corrupção é, de facto, um problema- aqui e em muitos outros lugares.Infelizmente, como o general deve saber, entre nós nem os militares lhe escapam.Temos um alto oficial da Armada, durante anos responsável técnico pelas compras do material de guerra do ramo, preso por suspeita de corrupção. E, da compra dos aviões A-7 até à dos submarinos, não há razão alguma para acreditar que, se corrupção houve, os miltares envolvidos nos negócios não molharam também a mão na massa. No que toca a gastos públicos injustificados, os militares têm muitas contas a prestar ao país... O facto de ser general não o torna mais qualificado do que qualquer outro nos seus julgamentos nem lhe dá o direito a querer encabeçar um "movimento de indignação", seja isso o que for."

Miguel de Sousa Tavares em "O General no Nossso Labirinto" Expresso


Nota: Reparei que alguns blogues de direita rejubilaram com o texto do general. Evoluídos, pois então!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Inês Pedrosa na Casa Fernando Pessoa


Parabéns! Só tenho pena por me parecer ficar tudo num mesmo "inner-circle"ou, para falar em portugês, na mesma capela.


Espero que continue a poder dizer, como há tempos fez no Expresso, a propósito do "caso Esmeralada": "Tenho vergonha de ser filha de uma nação onde a irracionalidade legal esmaga os direitos racionais de uma criança"



Digo, Redigo e Reapito ( 2ªversão )


A somar ou em alternativa às ordens do patrão está a "superioridade" do director do Público.

Como disse Julian Freund não há ética politica, mas sim ética dos politicos.
Neste caso não há etica do jornalismo, nem livro de estilo com meia dúzias de "regras" que, na maioria dos casos podem ser exceptuadas, nem modernaços Códigos de Ètica aos quais ninguém liga, há, ou melhor deveria haver ética dos jornalistas.
E no caso do Público, designadamente do seu director José Manuel Ferandes, há uma grande confusão, deliberada ou por mera ignorância, entre ética teórica, na qual ele é eximio nas citações, a exibir erudição, e a sua ética vivencial, o oposto do que apregoa.
Mas isso não interessa nada pois, como disse Teresa Guilherme, a ética não paga almoços.
Muito menos salários a directores de jornais!


Ver também o AspirinaB

Cavaco Oportuníssimo


Cavaco ter-se-á antecipado cortando cerce as veleidades de alguns ao referir que Portugal tem outras prioridades que não a Organização do Mundial de Futebol de 2018!

Espero que o Governo tenha ouvido bem e não caia em tentações.

Cavaco livrou-o do Mal!

Amén.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

E de Alegre se fez Triste...


O POLíTICO

"... Alegre pensa em coisas mais vagas como "criar um mecanismo de debate" e uma "corrente de opinião" no próprio partido, para"quebrar" a tal "muralha de betão armado", e talvez, como na campanha para a Presidência ou na campanha de Roseta para a Câmara de Lisboa, em apadrinhar de longe um "movimento de cidadãos", éfemero e confuso, que, sem ele evidentemente perceber, é a versão pacífica e moderna da "Maria da Fonte".
Sucede que falta uma razão às razões de Alegre: o vazio ideológico e programático do "alegrismo".
Vasco Pulido Valente no Público

O POETA
"O Prémio D.Dinis da Fundação Casa de Mateus foi este ano atribuído a Manuel Alegre pelo livro de poesia Doze Naus... O prémio tem prestígio, o juri é de peso, o poeta é consagrado, e colocar objecções ao seu processo de canonização passou a ser uma heresia. Mas o livro,esse, é um sério obstáculo à festa prometida e, para não perturbar tão glorioso momento da instituição literária, o melhor seria declará-lo não existente.
...Inclinando-se com reverência para a autocelebração enfática, a poesia que nos oferece este livro não se satisfaz senão imaginando que é um performativo do inefável ou que é consubstancial ao mundo....Mas, com meios que não vão além de simbolismos de pacotilha e eufonias de salão, bem pode Manuel Alegre invocar o mar, convocar tempestades e evocar ondas que nem a mais leve brisa por aqui passa, quanto mais "um cheiro de alfazema e de salgema""
António Guerreiro no Expresso

E de Alegre se fez Triste... figura!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Digo,Redigo e Reapito


Cito de cor, em título, o "cartoonista" Vasco a propósito do "Apito Dourado".

Mas desta vez é só para corroborar António Costa, há pouco no Rádio Clube no programa "Mesa para quatro", com Paulo Rangel e as Manas Cabotinas :

"Há uma efectiva coincidência entre o momento em que a Sonae, propietária do jornal Público, falhou a Opa sobre a PT e o ínicio de uma campanha pessoal contra o primeiro-ministro por parte desse mesmo jornal".

E duvido muito que seja mera coincidência.

Publicitário Fedorento


Ricardo Araújo Pereira aparece por aí num"sketch" onde comenta o par de plásticas da "Floribela" bem como as "poses" da rapariga para uma revista "de homens".

Aquilo tem pouca piada.

Mas tem muitissima publicidade à dita revista. E a uma marca de roupa juvenil.

O rapaz pode estar a perder a piada mas que está um mestre no negócio, isso não se pode negar!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

As Providências do "Status Quo"


O uso e abuso das providências cautelares está a tornar-se uma praga que ameaça paralisar o país.
Como diz o outro não há cão nem gato que não avance com a providência cautelar da praxe.
Sabendo-se como funciona a nossa justiça o melhor é desligar a luz e fechar Portugal.
É a apologia da múmia paralítica!

Contributos para a Opacidade


O Tribunal Constitucional não vai divulgar os nomes dos titulares de cargos políticos que pediram que os seus rendimentos não fossem divulgados. Nem vai divulgar quais os deferidos e quais os indeferidos.

È lamentável!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A Agência de Comunicação Recomendou...


A mudança de nome. O restaurante Eleven, propriedade de Júdice+10, passará a ser O Retiro dos Pobrezinhos
cartoon de Pedro Vieira, O irmão-lucia

Pequeno guia para uso dos trabalhadores durante a marcha gloriosa das vitórias da produtividade (excertos)


O bem-estar dos trabalhadores é importante para nós

Vamos instalar "vending machines" no "hall" para não terem desculpas para ir ao café


A segurança dos nossos trabalhadores é uma prioridade

Se essa porta não stivesse fechada vocês passavm o dia todo na rua a fumar


A mobilidade é um imperativo da produtividade

Devemos ir para onde a mão-de-obra é mais barata


A deslocalização é um imperativo logistico

Os albaneses trabalham mais barato que vocês e ficam mesmo ao pé de Itália


Na era da Internet a localização geográfica de uma empresa é irrelevante

Os chineses ainda trabalham mais barato que os albaneses


Nesta empresa, o mais importante são as pessoas

Custa-me imenso despedi-los a todos


José Vitor Malheiros no Público ( segue )

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Watergate com Migas


Há quem pergunte se isto tem lógica. Aparentemente não tem mas eu desconfio. Quanto a mim...será assim:

1) Minudências na vida de um jovem recém-bacharel em engenharia civil.

2) Os trezentos despachos de Telmo ou "Um casino nos sobreiros"

O ponto 2) sevirá para fazer saír da toca, através do sistema "Fotocópias&Digitalizações":

3) Alcochete e legalizações polémicas!

E o mais que fôr necessário para descredibilzar Sócrates e o PS.
Para satisfazer os patrões ( sejam eles quais forem) e/ou para sublimar egos complexados vale tudo!


Mas leiam o texto de Mário Crespo sobre o assunto com o título WaterGate com Migas
Há qualquer coisa que me deixa muito inquieto quando leio mais este folhetim sobre o passado de José Sócrates. (...) Neste último folhetim o guião inspira-se no Portugal do princípio dos anos 80. O Engenheiro José Sócrates (desta vez não há dúvidas sobre o título académico) era funcionário de uma câmara e o seu pecado era, como o de quase todos os outros portugueses na altura, ter mais de um emprego no esgravatar geral por um Escudo a mais nas sempre magra tabelas do funcionalismo público.Pelo que li, José Sócrates trabalhava na Câmara e fazia projectos para fora numa área onde não havia qualquer incompatibilidade funcional. Estes múltiplos empregos eram norma em Portugal quando cá cheguei. Vim da África do Sul, aterrando em Lisboa alta madrugada, num voo de imigrantes com escalano Zaire. Comecei por ficar apreensivo com o facto de Kinshasa ter mais luz à noite do que Lisboa vista do ar, naqueles tempos em que a segunda circular era iluminada com bruxuleantes candeeiros acesos alternadamente para poupar energia. Estávamos em pleno período da duríssima austeridade imposta pelo Fundo Monetário Internacional que nos controlava tanto como a qualquer país estouvado do terceiro mundo e, na época pré-comunitária, provavelmente era isso que Portugal era.Depois aprendi que um tanque de gasolina era uma parte substancial do meu ordenado. (...) O que era legítimo e aceitável fazer-se na altura seria impensável hoje. Por isto acho imoral estar-se a fazer juízos em 2008 e a procurar consequências políticas de comportamentos absolutamente generalizados há um quarto de século. Tanto mais que, pelo que li até agora, esses comportamentos não configuraram qualquer espécie de ilícito criminal. Eram tempos diferentes com leis diferentes e práticas diferentes. Na altura os engenheiros podiam dar o seu aval técnico a aspectos estéticos que hoje são (e bem) da competência da arquitectura. Parece-me importante destacar aqui que, bons ou maus, se os projectos estavam assinados pelo Engenheiro Sócrates, eram responsabilidade final dele, logo, eram dele. Qualquer outra conclusão ou é sofisma, ou demagogia, ou outras coisas.Na altura era prática corrente a obra ser feita de raiz por apenas um técnico academicamente credenciado. José Sócrates tinha essas credenciais. Também não deixa de ser irónico que tenham sido levantadas questões de "carácter" sobre José Sócrates por um desastrado upgrade académico numa universidade que caiu em descrédito e que agora as questões de "carácter" sejam levantadas pelo exercício da profissão para a qual ele está, afinal de contas, academicamente credenciado, o que já ninguém disputa. (...). Claro que é engraçado este jornalismo de ASAE numa eterna busca de um Watergate com migas à moda da Guarda. É engraçado mas não tem piada.
Por tudo isto começam a repugnar-me estes autos de fé ruidosos, deslocados no tempo, cruéis e sobretudo inconsequentes. A inconsequência advém de não haver ilegalidades. A ser uma questão de "carácter" perdida no tempo, só servirá para as eleições. Não é um bocadinho cedo para isso?»

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Mercado, Pessimismo e Especulação à Portuguesa


A propósito das especulações acerca de indicadores sobre pessimismo dos portugueses quanto às expectivas dos portugueses devo referir que estes inquéritos, muito faliveis, devem, em principio fazer reflectir a classe empresarial e a sociedade civil pois estas é que deverão ser o motor da economia e não forçar mais e mais ajudas e subsidios estatais.
Mas vejamos algumas passagens de um artigo do Francisco Sarsfield Cabral no Público :
"...mas o pessimismo tem sobretudo a ver com factores económicos. O desemprego sobe, a crise do crédito aflige muitas familias ( que cortam no consumo) e a recessão parece inevitável.
Recessões e crises houve muitas no passado, sem o pessimismo actual. A raiz deste tem a ver com o desequilibrio entre a espectacular melhoria do nível de vida de uma minoria e a quase estagnação dos rendimentos da maioria.
Não apenas a pobreza não foi eliminada pelo crescimento económico das últimas décadas, como os salários reais do trabalhador médio subiram pouco e abaixo da produtividade, que deu um grande salto. Entre 1979 e 2005, os mais ricos (um por cento da população ) aumentaram 228 por cento os seus rendimentos. Parte das famílias aumentou os rendimentos apenas porque mais mulheres foram trabalhar.
...A globalização financeira baixa a tributação sobre o capital, extremamente móvel, enquanto sobre o trabalho (que se pode deslocar menos) aumentam os impostos."
Exemplar este artigo sobre a maior economia de mercado do Mundo - Os Estados Unidos da América.
E ainda há almas portuguesas, muito arrojadas, a terçar armas contra Sócrates.
Sabendo que a alternativa é o PSD/PP