segunda-feira, 16 de março de 2009

No Tempo das Cervejas


Na passada sexta-feira, em Lisboa, os manifestantes.
Muitos milhares. Mais zero menos zero, isso não interessa nada.
Não é assim Constança?
Alguns deles teriam toda a razão para se manifestarem.
Jovens e mais jovens desempregados.
Ou com emprego intolerável e ilegalmente precário.
Desempregados de pequenas e médias empresas sobreviventes dos tempos em que os grandes economistas tipo Salgueiro, Constâncio, Silva Lopes, Medina Carreira e quejandos desvalorizavam a moeda para “manter a competitividade da economia”.
Desempregados efectivos e potenciais de multinacionais que nessa ocasião para cá vieram e agora se “deslocalizam” para onde a mão-de-obra ainda é mais barata.
Só que, manipulados indecentemente pelo PCP e pelo BE, manifestavam-se contra este governo.
Como se este governo fosse culpado desta situação.
Como se este governo pudesse resolver esta situação.
Eles poderiam era rebelar-se contra este sistema, dito “de mercado” que chegou a este estado comatoso não se vislumbrando alternativa.
Mas não é esse o interesse imediato do PCP e do BE.
De qualquer modo os altos comandos sabem que tem de haver estes momentos de descompressão para a “panela de pressão” não rebentar.
E ainda Carvalho da Silva discursava nos Restauradores já as esplanadas das Portas de Santo Antão se enchiam com manifestantes de bandeiras enroladas a beber as cervejas a que julgam ter (e têm) direito!

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