terça-feira, 29 de junho de 2010

A "Afundação" de Vasco



“O prémio Nobel não garante a importância literária de ninguém. Basta ver a longa lista de mediocridades que o receberam. Pior ainda, o prémio Nobel é atribuído muitas vezes por razões de nacionalidade ou pura política, sem relação alguma com a obra, que num determinado ano a Academia Sueca resolveu escolher…”.

E assim, Vasco Polido Valente, começa um texto notável.
Domingo, na sua coluna de opinião do Público.
Recheado de banalidades, as quais, há muito, são do conhecimento de qualquer borra-botas minimamente informado.
Mas Vasco pensa que ao escrever a prosa a que deu o título de “Saramago”, nos punha boquiabertos, pasmados e siderados com tamanhas reflexões.
Iria tudo raso - com Saramago à frente!
Termina, benemerente e bondosamente concedendo que a instalação da Fundação Saramago na Casa dos Bicos é “homenagem bastante”.
Só que, por todo aquele arrazoado, perpassa algo estranho.
Inveja, dor de cotovelo, “ressabiamento”.
Cheira por todos os lados ao bafio bolorento das antigas capelinhas intelectuais da “velha senhora”.
Concordo que ficaria bem uma Casa dos Bicos para a Fundação VPV, de acordo com as bicadas que o senhor é pródigo a distribuir.
Mas talvez ficasse melhor em Évora - na Capela dos Ossos!
 Vasco nunca terá uma Fundação própria - não tem estatura pessoal nem intelectual.
Para isso já há muito tem o Público, onde se afunda três vezes por semana.
É a “Afundação” de Vasco!

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