sexta-feira, 29 de maio de 2009

CAA ou C&A? Coincidência?


Por Coincidência

ontem, no directo ao assunto na rtp-n, onde esteve o nosso garboso galambinha -- embora a sua boa educação o tenha impedido de falar mais de três segundos de seguida devido às interrupções constantes do carlos abreu amorim (joão, tens de aprender a mandá-lo calar) --, o referido caa disse esta coisa extraordinária: 'em política não há coincidências'.

há anos que ando abismada com este tipo de frases. uma vez ouvi a jorge coelho algo como 'em política não há traições' (como quem diz 'em política não há amigos', ou 'em política não há lealdades'). e já ouvi muitas mais destas vácuas e absolutamente estultas frases feitas, que elegem 'a política' como um território em que se aplicarim regras abstrusas e alienígenas e, sobretudo... frases feitas.

caa referia-se à ida de marinho pinto ao jornal da tvi, que no seu entendimento só pode ser interpretado como um serviço do bastonário dos advogados ao primeiro-ministro. caa acha até que marinho pinto foi lá na determinação de 'enxovalhar' manuela moura guedes (tarefa extraordinária), como acha que as críticas do bastonário em relação a uma série de acontecimentos relacionados com o caso freeport só podem ter como justificação favorecer o pm.dentro daquela lógica do 'não há coincidências'. ora bem: o problema desta lógica é que podemos então depreender que o caa defende o contrário do marinho pinto em relação ao caso freeport porque está apostado em atacar o pm e tudo lhe serve, mesmo manobras judiciais e mediáticas que o deixavam à beira do vómito por exemplo no caso maddie. é que, ao contrário de caa, e, por coincidência, marinho pinto é coerente: há anos que ataca esse tipo de manobras judiciais e mediáticas. se calhar, em política não há coerência, nem memória (como também já disse jorge coelho) nem, por vezes, básica decência. mas nisso como no resto a política não é diferente da vida em geral.


f. no Jugular

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