sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sócrates, os Jornalistas e o Eterno retorno


Quando trabalhei no sector automóvel tive oportunidade de conhecer alguns jornalistas.
Lançamento de carros, jantares comemorativos disto e aquilo, viagens ao estrangeiro e outros pretextos que as marcas utilizam para tentar veicular publicidade para as suas viaturas.
Foi assim que, entre muitos outros, conheci, embora muito superficialmente, Camilo Lourenço, José Eduardo Moniz e José Manuel Fernandes.
E nunca gostei do que vi.
Tive oportunidade de, internamente, referir que não gostava da promiscuidade havida com a gestão, nomeadamente as Direcções-Gerais/ Administrações e as áreas de Relações Públicas.
Então quando se tratava de jornalistas implicados na eleição do carro internacional do ano, era a bajulação total.
Ao ponto de uma vez, após a morte do jornalista em questão, se ter “descoberto” que o senhor tinha um carro “emprestadado” e a família nem sabia – ou fingiu não saber.
E as criticas ao tratamento dado pelas marcas: só apreciavam (se é que apreciavam) os melhores hotéis e restaurantes e quanto a prendas, estamos conversados.
Então para o cabrito do Natal era um ver se te avias!
Tudo isto a propósito da promiscuidade entre jornalistas, gestores e políticos.
É que depois, como diz o ditado, dão-lhe a mão e eles tomam logo o pé.
Foi esse também o drama de Sócrates.
Durante anos serviu-se deles.
E agora tem o retorno.
Será que vai ser eterno?

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